terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nova bancada federal eleita do Rio Grande do Norte vale ‘somente’ R$ 26 milhões


Mais de R$ 26 milhões. Esse é o valor da soma dos patrimônios dos oito deputados federais eleitos no Rio…

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Mais de R$ 26 milhões. Esse é o valor da soma dos patrimônios dos oito deputados federais eleitos no Rio Grande do Norte. O valor é resultante do fato das oito cadeiras, seis serem ocupadas por milionários, ou seja, pessoas com mais de um milhão em bens. O mais rico da lista é o deputado federal reeleito Felipe Maia, que tem R$ 15,5 milhões em patrimônio.
A lista patrimonial dos eleitos está disponível no site Divulga Cand 2014, do Tribunal Superior Eleitoral. Além de Felipe Maia, são também milionários o atual deputado federal Fábio Faria (PSD), Antônio Jácome (PMN), Zenaide Maia (PR), Rogério Marinho (PSDB) e Walter Alves (PMDB). Rafael Motta, com um patrimônio de menos de meio milhão, e Betinho Segundo, que não declarou qualquer bem, são as exceções da relação.
No caso de Felipe Maia, filho do presidente nacional do DEM, o senador José Agripino, se destaca na lista de bens as diversas aplicações financeiras e os mais de R$ 500 mil em dinheiro em espécie que o parlamentar guarda – e que declarou para a Receita Eleitoral. Sobre as aplicações, Felipe Maia tem R$ 219 mil na poupança do Banco Safra; R$ 9,8 mil em conta corrente do Banco do Brasil; R$ 245 mil em aplicação de renda fixa no Bic Banco; R$ 1,4 milhão em aplicação de renda fixa no Banco Safra; R$ 1,1 milhão em aplicação no Banco Safra; R$ 5,2 milhões em aplicação no Banco Santander; R$ 1,2 milhão em outra aplicação no Banco Safra; R$ 941 mil em aplicação do Santander; R$ 560 mil em letra de crédito agropecuário do Banco Safra; R$ 160 mil em crédito imobiliário no Banco Safra; R$ 99 mil em depósito em conta corrente no Banco do Brasil; R$ 3,3 mil em conta corrente de outra conta no BB; R$ 942 mil em fundo de investimento no Santander; e R$ 212 mil em investimento em letras hipotecarias também no Banco Safra.
Com relação à declaração de bens de Fábio Faria, filho do candidato ao Governo do RN, Robinson Faria, destaque para as ações e participação no capital da academia Aibodytech, que representam mais de R$ 3,5 milhões do patrimônio do deputado federal do PSD. Há quatro anos, a academia Athletica LTDA (que se tornou Bodytech) estava avaliada em, apenas, R$ 70 mil, de acordo com a declaração de imposto de renda do parlamentar federal em 2010.
O patrimônio do evangélico Antônio Jácome é proveniente, principalmente, da mansão que possui em Lagoa Nova, avaliada em mais de R$ 1,2 milhão. O parlamentar tem ainda outros seis imóveis e dois carros de luxo. Irmã do candidato a vice-governador, João Maia, Zenaide tem uma casa de R$ 364 mil em Morro Branco e um terreno de R$ 660 mil em Ponta Negra.
NACIONAL
Quase metade da nova Câmara que tomará posse em 2015 será formada por deputados federais milionários. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São 248 políticos que declaram ter patrimônio superior a R$ 1 milhão (48% dos 513 eleitos). O número cresce a cada legislatura. Eram 194 na eleição passada. Em 2006, havia 165 milionários na Casa. Em 2002, eram 116.
Nenhum federal do RN teve voto para se eleger sozinho
Walter Alves, Rafael Motta e Fábio Faria foram eleitos para a Câmara Federal, em Brasília, com amplas votações. Os três ultrapassaram, com folga, a casa dos 150 mil votos. Contudo, nem eles conseguiram se eleger sem depender do coeficiente eleitoral. Pelo menos, eles não foram os únicos. Afinal, segundo levantamento da Justiça Eleitoral, dos 513 deputados, apenas 35 se elegeram por “meios próprios”, sem depender da coligação.
É bem verdade que, no Rio Grande do Norte, a tarefa não é nada fácil. O coeficiente eleitoral é de 197 mil votos e o mais votado, Walter Alves, teve “apenas” 197 mil – Rafael Motta teve 176 mil e Fábio Faria, 166 mil. Com isso, o Estado ficou na sexta posição entre os de maior coeficiente elitoral, atrás apenas de Alagoas, Ceará, Pará, Santa Catarina e São Paulo. Enquanto isso, em estados como em Roraima, o coeficiente é de apenas 29,7 mil votos. No Acre, menos de 50 mil votos.
De qualquer forma, isso quer dizer que, para conseguir seis cadeiras, a coligação que tiveram os deputados eleitos Walter Alves, Rafael Motta, Zenaide Maia, Felipe Maia, Rogério Marinho e Antônio Jácome precisou ter mais 416 mil votos. Ou seja: contou também com os votos obtivos por Abraão Lincoln (63 mil), Sandra Rosado (51 mil), Sávio Hackradt (43 mil), Fafá Rosado (25 mil), Delegado Lucena (21 mil), Cição Bandido (20 mil) e outros mais.
Segundo levantamento feito pelo G1, dos 513 deputados federais que vão compor a Câmara a partir do próximo ano, apenas 35 (6,8%) receberam votos suficientes para se elegerem sozinhos. Os demais alcançaram o mandato com a soma dos votos dados à legenda ou de outros candidatos de seus partidos ou coligações.
E, enquanto vários foram eleitos pelo coeficiente, alguns se elegeram sozinho e ainda levaram aliados. É o caso de Celso Russomanno, de São Paulo, eleito com 1,5 milhão de votos. Ele elegeu outros quatro deputados de seu partido: o cantor sertanejo Sérgio Reis (PRB-SP), que recebeu 45.330 votos, Beto Mansur (PRB-SP), com 31.305, Marcelo Squasoni (PRB-SP), com 30.315, e Fausto Pinato (PRB), com 22.097 votos.
O deputado reeleito Tiririca (PR), que foi o segundo mais votado este ano, puxou mais dois candidatos de seu partido para a Câmara: Capitão Augusto (PR), com 46.905 votos, e Miguel Lombardi (PR), com 32.080. O humorista recebeu mais de 1 milhão de votos.

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