sábado, 31 de março de 2012

Toffoli lamenta restrição ao Twitter e alerta para embates contra ficha limpa

Ministro do Supremo Tribunal Federal e membro suplente do Tribunal Superior Eleitoral, José Antonio Dias Toffoli acredita que a discussão sobre a Lei da Ficha Limpa, embora a legislação já tenha sido validada pelo STF, ocorrerá em outra esfera. Ele avalia que a tendência é os políticos entrarem com ações na Justiça comum para tentarem cautelarmente suspender as condenações que ainda não transitaram em julgado. Se no assunto de Ficha Limpa ele observa que renderá novos embates na Justiça Comum, o caso da proibição do uso do Twitter no período pré-eleitoral é lamentado pelo integrante do Supremo Tribunal Federal. "Sou a favor da utilização do Twitter, eu mesmo tenho entendimento que o debate político deve ser estimulado e não cerceado", destacou o ministro, que veio a Natal participar da reunião do Colégio de Presidentes de Tribunais Regionais Eleitorais.
Alberto LeandroJosé Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal: Pessoalmente sou a favor da utilização do Twitter.
José Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal: Pessoalmente sou a favor da utilização do Twitter.

Sobre a expectativa do julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli foi econômico na análise, mas não descartou a possibilidade de alegar suspeição no processo. A saída do ministro do julgamento do Mensalão seria motivado pelo fato do escritório de advocacia onde ele atuou ter defendido alguns dos réus do processo, inclusive o ex-ministro José Dirceu. O ministro concedeu uma rápida entrevista a TRIBUNA DO NORTE e interrompeu a conversa no momento em que foi questionado sobre a atuação do Conselho Nacional de Justiça.

Como o senhor avalia a perspectiva para esse pleito eleitoral, sendo ele a primeira vez que estará validada a Lei da Ficha Limpa?

Com a decisão do Supremo dando pela validade e aplicabilidade total da Ficha Limpa essas eleções serão marcadas por muitas demandas judiciais na Justica Comum. Porque pessoas condenadas por improbidade procurarão cautelares para suspenderem essas condenações ainda não transitadas em julgado. Porque a própria lei do Ficha Limpa autoriza que o candidato que tem condenação colegiada por improbidade, por exemplo, possa se socorrer de uma liminar para poder disputar uma eleição. Só que essa liminar não é no campo do Direito Eleitoral. Então nós teremos embates no campo da Justiça comum com implicações na Justiça Eleitoral. 

A discussão da Ficha Limpa então não é vencida?

Porque a própria Lei do Ficha Limpa autorizou essas ações na Justiça comum para suspender as condenações.

Como o senhor avalia a proibição do uso do Twitter antes do pleito eleitoral?

Eu votei contrariamente a proibição. Fiquei vencido, foi uma decisão apertada, 4 a 3, enfim a decisão está tomada. Eu pessoalmente sou a favor da utilização do Twitter, eu mesmo tenho entendimento que o debate político deve ser estimulado e não cerceado. Mas isso é uma ótica pessoal e o Tribunal é um colegiado, exatamente para que não seja apenas o reflexo de uma única visão, mas de um somatório de visões.

Outra discussão no TSE que prevê inelegibilidade para os candidatos com contas desaprovadas. Qual avaliação do senhor sobre isso?

Foi outra decisão bastante apertada, por 4 a 3. há um pedido de vários partidos, praticamente todos que têm representação no Congresso Nacional de uma reanálise dessa decisão. Eu não sou ainda integrante titular no Tribunal Superior Eleitoral, sou substituto, e isso ainda será analisado pelo Tribunal e eu, por isso, prefiro não comentar.

Agora sobre o Supremo Tribunal Federal, há uma expectativa muito grande para o julgamento do mensalão.

O relator já liberou o processo para o revisor. Atualmente está nas mãos do revisor, quando ele liberar o processo vai a Presidência e essa (a Presidência) pauta o processo.

Há uma expectativa de que o senhor possa julgar suspeição no processo do Mensalão (porque o escritório que ele atuou como advogado defendeu réus do Mensalão). Procede essa informação?

As análises eu faço no momento que o processo estiver pautado.

O que o senhor me diria sobre o CNJ? A discussão está encerrada ou apenas começando (sobre as competências do CNJ)?

Ah...risos...(ele encerra a entrevista).

"Gilmar negou ter informações sobre suposta doação a agripino"

O advogado José Luiz Carlos de Lima, que representa judicialmente o empresário Gilmar Lopes - o Gilmar da Montana - no inquérito da Operação Sinal Fechado, esclareceu ontem o que ele chama de "distorções" de declarações atribuídas ao seu cliente. De acordo com informações divulgadas na imprensa, em depoimento Gilmar teria dito que ouviu de George Olímpio, denunciado como chefe do esquema, o relato da suposta entrega de R$ 1 milhão ao senador José Agripino Maia e a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, como doação à campanha do DEM em 2010. O advogado afirma que o engano foi provocado pelas condições em que o depoimento foi prestado, e que Gilmar Lopes retificou em juízo as declarações iniciais.
O empresário Gilmar Lopes confirma as acusações contra o senador José Agripino e Carlos Augusto Rosado, atribuídas a ele no noticiário recente da imprensa?
Não, o meu cliente não confirma ter ouvido de George Olímpio menção a doação de campanha ao senador José Agripino e a Carlos Augusto Rosado.
Nesse caso, o que aconteceu?
Antes de mais nada, é bom deixar claro que eu não era advogado de Gilmar Lopes quando ele prestou aquele primeiro depoimento. Depoimento, aliás, que foi prestado, pelo que ele me disse, em condições de absoluto estresse emocional e debilidade física. Ele foi retirado do hospital às sete da manhã, sem saber nem para onde ia, sem assistência de advogado credenciado e sob efeito de remédios tranquilizantes.
Mas, Gilmar mantém os termos do depoimento divulgado?
Não, não mantém. Ao contrário: na defesa apresentada em juízo, ele teve a oportunidade de repor os fatos e negou peremptoriamente ter informações sobre doações de campanha.

Lixo acumula sem coleta no WG

O mau cheiro é sentido à distância. Os sacos plásticos pretos podem ser vistos de longe. Há um montante deles encostado na parede e rolando pelo chão. O cenário poderia passar despercebido caso o lixo acumulado não estivesse num local que, a rigor, deveria ser exemplo de assepsia e cuidado com higiene. Mas não é o que acontece, há mais de uma semana, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG). A empresa que faz o recolhimento do lixo não recebe pelo serviço e suspendeu a coleta. Funcionários e usuários do local reclamam da situação.
Lixo vem sendo depositado já fora da lixeira, no chão, junto à cozinha do hospital. O acúmulo já dura mais de uma semana
Lixo vem sendo depositado já fora da lixeira, no chão, junto à cozinha do hospital. O acúmulo já dura mais de uma semana
O "lixão" - como já é chamado pelos funcionários - está localizado no último prédio do complexo do hospital onde é depositado, além dos resíduos comuns, o lixo hospitalar, recolhido diariamente. A lavanderia e a cozinha funcionam no local. Os alimentos que chegam, ficam armazenados a poucos metros do lixo. O odor é insuportável. Um funcionário responsável pela abertura do portão que dá acesso ao espaço usava máscara na tarde de ontem com o intuito de diminuir o incômodo. Sem querer se identificar, ele disse que há mais de uma semana a coleta não é feita. "Isso nunca aconteceu. Faziam o recolhimento todos os dias, mas agora está assim. O fedor é horrível. Quase não suporto trabalhar", contou.
Segundo informações da direção do hospital, o problema acontece porque a empresa responsável pela coleta, a Limp Express Transporte e Prestação de Serviço Ltda, não recebe pagamento da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) há alguns meses. "A obrigação de pagamento é da Sesap. Infelizmente a empresa está sem receber e por isso não fez a coleta essa semana", disse o diretor administrativo da unidade, Josenildo Barbosa Lira.
Por telefone, o titular da Sesap, Domício Arruda, disse que desconhecia o problema no HMWG  e confirmou que a secretaria tem alguns débitos com a empresa. "Mas eu acho que esse contrato foi direto com o hospital. Nesse caso, acredito que não é competência nossa. O hospital tem autonomia financeira. No entanto, é verdade que a Sesap está devendo à Limp Express. Não sei os valores, sei que é pouca coisa", afirmou.
Além de recolher o lixo comum no Walfredo Gurgel, a empresa Limp Express é responsável pelo recolhimento do material em outras unidades médicas do Estado. A reportagem tentou entrar em contato com os administradores da empresa, porém, não obteve sucesso.
Funcionários ouvidos pela reportagem na tarde de ontem afirmam que o maior hospital do Rio Grande do Norte passa por outras dificuldades. Uma enfermeira alertou que o estoque de oxigênio está baixo. Além disso, os corredores estão lotados de pacientes que aguardam atendimento em cima de macas.

Saúde libera verba para vacinação

O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União (DOU), nesta quinta-feira (28), os valores destinados aos estados e ao Distrito Federal para aplicar nas campanhas de vacinação de influenza sazonal, multivacinação e raiva animal. As campanhas são realizadas anualmente pelas Secretarias de Saúde de Estados, Municípios e Distrito Federal, com apoio do Ministério da Saúde. Em 2012, o investimento será de R$ 81 milhões, 24% superior ao total de 2011, que foi de R$ 61,7 milhões.
Na campanha contra pólio deste ano, os pais podem escolher a tradicional vacina em gotas ou injetável, feita com vírus inativo
Na campanha contra pólio deste ano, os pais podem escolher a tradicional vacina em gotas ou injetável, feita com vírus inativo
A ampliação dos recursos está relacionada à campanha nacional de multivacinação para os menores de cinco anos de idade, que será realizada pela primeira vez, em agosto, com o propósito de iniciar, dar continuidade ou completar esquema de vacinas no calendário da criança.  Com esses recursos também será realizado em todos os 5.565 municípios brasileiros, o Monitoramento Rápido de Coberturas vacinais (MRC) na mesma população alvo. 
O MRC consiste em uma averiguação da situação vacinal das crianças (menores de cinco anos de idade) com a verificação o cartão de vacina da criança. Esse trabalho é feito casa a casa, por meio de amostragem.
A realização do MRC é importante porque permite resgatar as crianças não vacinadas, ampliar as coberturas vacinais e melhorar a homogeneidade de coberturas vacinais no município e entre os municípios.
Neste ano, o país amplia o Calendário Básico de Vacinação da Criança com a introdução da vacina injetável contra pólio, feita com vírus inativado. A nova vacina será utilizada no calendário de rotina, em paralelo com a campanha nacional de imunização, esta realizada com as duas gotinhas da vacina oral. A injetável, no entanto, só será aplicada para as crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.
Outra novidade para 2012 será a vacina pentavalente, que reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B).  Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas.

O repasse foi definido pela Portaria 535, de 28 de março de 2012, publicada nesta quinta-feira. Nos próximos 30 dias, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de cada Unidade Federada, que reúne os secretários estaduais e municipais, definirá o valor repassado a cada município.  A deliberação da CIB será, em seguida, informada ao Ministério da Saúde que publicará Portaria autorizando o repasse do recurso financeiro, em parcela única, transferido do Fundo Nacional de Saúde diretamente para cada Fundo de Municipal de Saúde e para o Fundo de Saúde do Distrito Federal. Esses repasses observam critérios populacionais, considerando os grupos a serem vacinados e per capita de referência do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde de cada UF.
Além de investimentos em infraestrutura (compra de gelo, isopor, combustível para transporte de vacinas e equipes, ajuda de custo para alimentação), estes recursos também são empregados para a confecção de material informativo (folders, filipetas) e contemplam outras despesas.

Antes de retornar ao Brasil, presidente Dilma visita o Taj Mahal

Do G1, em Brasília
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Presidente Dilma Rousseff em frente ao Taj Mahal, em Agra, na India, neste sábado (31). Dilma conclui a visita oficial de quatro dias à Índia, onde participou da reunião do Brics, grupo que reúne ainda os líderes da Rússia, Índia, China e África do Sul. (Foto: AP)Presidente Dilma Rousseff em frente ao Taj Mahal, em Agra, na India, neste sábado (31). Dilma conclui a visita oficial de quatro dias à Índia, onde participou da reunião do Brics, grupo que reúne ainda os líderes da Rússia, Índia, China e África do Sul. (Foto: AP)

DEM cobra manifestação do senador Demóstenes até o início da semana


O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), cobrou nesta sexta-feira (30) que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) dê respostas até o início da próxima semana às denúncias de irregularidades no envolvimento com Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal.
Segundo Agripino, o partido está “inquieto” com o silêncio do senador e aguarda o discurso em plenário prometido por Demóstenes para depois se posicionar sobre uma eventual expulsão.
Como na próxima semana haverá o feriado da Páscoa, o partido quer que Demóstenes se pronuncie na tribuna do Senado até terça-feira (3). Isso porque a maioria dos parlamentares deve viajar na quarta (4).
“Na próxima semana, ele precisa se manifestar. Espero que ele rapidamente se manifeste, já que terá tempo no fim de semana para levantar todas as acusações. O partido quer que ele cumpra o prometido e fale na tribuna no Senado”, afirmou Agripino Maia ao G1.
A assessoria de Demóstenes Torres informou que ele vai passar o final de semana em sua casa, em Brasília, analisando o conteúdo do inquérito em que é investigado por ligação com Cachoeira, preso sob acusação de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal. Gravações telefônicas obtidas pelo jornal "O Globo" e publicadas na edição desta sexta mostram que Demóstenes usou do mandato para tentar beneficiar o empresário.
O senador é alvo de investigação em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Na noite desta quinta (29), o ministro Ricardo Lewandowski determinou a abertura de inquérito e a quebra do sigilo bancário do parlamentar pelo período de dois anos - Lewandowski não informou o período de início e fim da quebra de sigilo.
De acordo com Agripino Maia, o DEM está “inquieto” com o silêncio de Demóstenes e a divulgação de novas denúncias a cada dia.
“O partido está inquieto. A posição do DEM vai depender da qualidade do argumento que o senador apresentar. A partir dessa manifestação, o Senado e o partido darão uma resposta”, disse.
Parlamentares do DEM, principalmente deputados, defendem que Demóstenes se afaste da legenda voluntariamente, para evitar desgastes. A avaliação é de que o senador dificilmente conseguirá dar explicações convincentes.
Conselho de Ética
O advogado do senador, Antonio Carlos Almeida Castro, teve acesso nesta sexta (30) às informações da investigação da Polícia Federal, que apontam um vínculo entre Demóstenes e Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela PF sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás.

Almeida Castro foi ao Supremo Tribunal Federal pegar cópia do inquérito. Levou apenas o material impresso. As conversas gravadas pela Polícia Federal, ainda não tinham sido transferidas para cerca de 50 DVDs. Segundo o advogado, agora será possível preparar a defesa do senador.
O advogado afirmou que o pedido do PSOL de abertura de processo para investigar Demóstenes no Conselho de Ética do Senado foi precipitado.
“O correto seria esperar a manifestação do Poder Judiciário e não fazer uma inversão – executar uma sentença sem sequer ter havido o processo”, afirmou Castro.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) discorda. Ele diz que Demóstenes tem que ser investigado pelo Conselho de Ética, porque a situação dele afeta a imagem do Senado.
“Fica muito grave porque não é um senador qualquer. É um senador que tem uma tradição de luta muito firme pela ética na política”, disse Buarque.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) se disse constrangido porque considera Demóstenes Torres uma figura importante na crítica ao governo.
“A democracia precisa da oposição e da critica. Para mim, foi uma decepção enorme tomar conhecimento desses fatos. Agora, a posição do Senado tem que ser rigorosa, sem dúvida alguma”, declarou Requião.
* Com informações do Jornal Nacional

Veja simulações das mudanças no regime de previdência dos servidores

A mudança no regime de previdência dos servidores federais, aprovada na quarta-feira (28) pelo Senado, vai aumentar o valor do benefício dos trabalhadores que contribuírem por 35 anos com o sistema, na comparação com o regime atual – e reduzirá o valor da aposentadoria de quem contribuir por menos tempo, segundo simulação feita a pedido doG1 pelo consultor previdenciário Newton Conde.
Na Tabela 1, os cálculos mostram a diferença de contribuição mensal para que os servidores contratados sob o novo regime, com salário superior ao teto da Previdência (de R$ 3.916,20), possam se aposentar com o benefício integral. 
Como o tempo mínimo de contribuição para se aposentar é de 35 anos, os cálculos consideram que o servidor com 20 anos de contribuição trabalhou e contribuiu por 15 anos antes da contratação como servidor público federal, totalizando 35 anos de contribuição. O cálculo pressupõe que o tempo de serviço fora do funcionalismo público só conta para a parte básica da aposentadoria, ficando de fora o que está acima do teto de R$ 3.916,20.
Tabela 1 - Simulação de contribuição para receber 100% da aposentadoria (governo entra com 8,5%, servidor com mais), em R$
Salário de R$ 4,916,20
 Regime atualNovo regimeDiferença de valor entre contribuição atual e nova
Tempo de contribuiçãoValor total (mensal) de contribuiçãoValor da aposentadoriaValor total (mensal) de contribuiçãoValor da aposentadoria
35 anos540,784.916,20515,784.997,20- 25,00
20 anos540,784.916,20773,784.916,20233,00
Salário de R$ 10.000
 Regime atualNovo regimeDiferença de valor entre contribuição atual e nova
Tempo de contribuiçãoValor total de contribuiçãoValor da aposentadoriaValor total de contribuiçãoValor da aposentadoria
35 anos1.100,0010.000,00947,9110.494,20-152,09
20 anos1.100,0010.000,002.517,5310.000,001.417,5
Antes da mudança, os servidores contribuíam com 11% sobre o total do salário e a União com 22%. Com as a mudanças, a contribuição do servidor segue em 11%, mas só até o teto de R$ 3.916,20. Para os servidores com salário superior, haverá a opção de aderir ao Funpresp. O trabalhador poderá contribuir o quanto quiser para esse fundo.
Haverá uma contrapartida do empregador, no mesmo percentual pago pelo empregado. Essa contrapartida, no entanto, será limitada a 8,5% da parte do salário que exceder os R$ 3.916,20.
Segundo a Previdência, as novas regras deverão gerar, a partir de 2040, uma economia anual de R$ 20 bilhões aos cofres da União.
Contribuição paritária
A Tabela 2, abaixo, mostra o quanto mudaria a aposentadoria de um servidor que opte por contribuir pelo teto do regime paritário, em que ele e o governo contribuem com 8,5% sobre o valor do salário que fica acima do teto, de R$ 3.916,20.

Tabela 2 - Simulação de contribuição máxima igual do governo e do servidor (8,5%), em R$
Salário de R$ 4.916,20
 Regime atualNovo regimeDiferença de valor entre a aposentadoria atual e a antiga
Tempo de contribuiçãoValor total de contribuiçãoValor da aposentadoriaValor total de contribuiçãoValor da aposentadoria
35 anos540,784.916,20515,784.997,2081,00
20 anos540,784.916,20515,784.312,20-604,00
Salário de R$ 10.000,00
 Regime atualNovo regimeDiferença de valor entre a aposentadoria atual e a antiga
Tempo de contribuiçãoValor total de contribuiçãoValor da aposentadoriaValor total de contribuiçãoValor da aposentadoria
35 anos1.100,0010.000,00947,9110.494,20494,20
20 anos1.100,0010.000,00947,916.324,20-3.675,80






Para quem muda
O fundo de previdência complementar para os servidores civis da União, aprovado pelo Senado na quarta-feira (28), vale somente para os servidores contratados sob o regime estatutário, ou seja, subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Federais (lei 8.112/90).

O texto aprovado pelo Senado cria a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público da União (Funpresp) e permite a criação de três fundos: um para o Legislativo, um para o Executivo e outro para o Judiciário.