sábado, 20 de setembro de 2014

Parlamentares frequentavam empresa, diz sócio de Youssef


Carlos Alberto Pereira da Costa falou ao Jornal Nacional neste sábado.
Único parlamentar citado pelo advogado foi o do deputado Luis Argôlo.

Do G1 com informações do Jornal Nacional
Carlos Alberto Pereira da Costa, sócio do doleiro Alberto Youssef na empresa GFD Investimentos, declarou neste sábado (20), ao Jornal Nacional, que parlamentares frenquentavam o escritório do doleiro e da empresa.
A GFD é investigada pela Polícia Federal por receber milhões de reais de origem duvidosa de construtoras que tinham contratos com a Petrobras, o que foi investigado pela Operação Lava Jato. Youssef e Costa foram presos pela PF; o advogado foi solto na última segunda (15).
Costa disse que foi apresentado a Youssef pelo ex-deputado federal José Janene (PP-PR), que morreu em 2010 e era um dos réus do mensalão do PT.
"O papel do Alberto Youssef, segundo me relatou o deputado José Janene, ele era o responsável pelo caixa dois do José Janene. Eu sei que mesmo depois do falecimento do deputado José Janene, o senhor Alberto Youssef continuou a frente na questão de cuidar do caixa. Ele fazia o caixa dois do partido, do PP, né?", declarou Carlos Alberto.
Ele declarou que sete parlamentares frequentavam os escritórios de Alberto Youssef e da GFD. Segundo ele, todos eram deputados federais ligados à bancada do governo, do Partido dos Trabalhadores (PT), e de outros partidos, mas disse que, estando sob sigilo, preferiria não mencionar nomes.
O único nome de parlamentar citado pelo advogado foi o do deputado Luis Argôlo (SD-BA) que, segundo Carlos Alberto frenquentava a empresa do doleiro. “Ele ia, e tinha uma permanência, permanência não, uma periodicidade talvez, mensal, ia sempre na GFD”, declarou Carlos Alberto.
O advogado disse também que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teve vários encontros com o doleiro Alberto Youssef. “Eu o vi talvez duas, três, quatro vezes. Eles se reuniam em sala fechada. Sabia que era o Paulo, o diretor da Petrobras, mas não sabia a que se devia essas reuniões, qual o objetivo dessas reuniões”, afirmou.
Carlos Alberto Pereira da Costa foi solto na última segunda-feira (15) por ter colaborado espontaneamente com as investigações. Ele não fez acordo de delação premiada, mas decidiu contar o que sabe sem ter garantia de redução de pena.
A assessoria do deputado Luiz Argôlo informou que o parlamentar já se defendeu no Conselho de Ética e que não vai comentar as novas declarações. O Jornal Nacional tentou entrar em contato com a advogada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que está preso, mas ela não retornou as ligações. O Partido Progressista (PP) informou que desconhece as denúncias e que está à disposição para colaborar com as investigações.

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