20/09/2014 - 00:15
Eymael , que é um dos últimos nas pesquisas, mas primeiro em patrimônio, com R$ 5,13 milhões; fará comício hoje pela manhã no Alecrim
Filiado a um partido sem nenhum deputado no Congresso Nacional, o candidato José Maria Eymael (PSDC), 74 anos, acredita que vai para o segundo, após a divulgação, na madrugada de ontem, da mais recente pesquisa Datafolha. Ele está em Natal até hoje para fazer a campanha presidencial, com um comício no Alecrim marcado para esta manhã. “O povo percebeu que Marina não ganha de Dilma. Percebeu também que Aécio não ganha de Dilma.
Por outro, existe um sentimento de que ninguém quer Dilma novamente . Então quem vai fazer frente a ela? Depois do debate da CNBB, tenho certeza que é Eymael”, falou, auto-referencial”, em uma entrevista coletiva na sede do PSDC, em Petrópolis.
Ele admite “ser difícil”, conseguir isso, pois a candidata Dilma Rousseff conta com mais de 11 minutos no programa eleitoral, enquanto ele tem 45 segundo de tempo de exposição. O “eixo de ação”, digamos assim, das propostas do democrata cristão é “cumprir a Constituição”, coisa que “não é feita até hoje”, nas palavras do candidato.
“Quero construir uma sociedade livre. Um país que tenha índices de analfabetismo como o nosso não é nem livre, nem justa, nem solidária”, diz, referindo-se ao artigo 3º da Constituição Federal, o qual ele diz ter inserido quando era parlamentar durante a Assembleia Nacional Constituinte.
De acordo com o candidato, que tem o maior patrimônio entre os candidatos (R$ 5,13 milhões), a Carta Magna dá, logo em seu início uma, definição “para onde se quer chegar” e essa é a sua principal referência. Embora o encontro da tarde de ontem tenha sido combinado para ser uma entrevista coletiva, funcionou mais como uma apresentação de si mesmo e do partido do que exatamente uma entrevista. Algumas perguntas foram feitas por pessoas do próprio PSDC. Um deles usava adesivo do partido enquanto perguntava.
A respeito do programa Mais Médicos, ele disse que se tratava de uma consequência da má gestão na saúde, mas disse ser impraticável desativá-lo, em caso de ser eleito. “Não vou ser temerário para dizer que sou contra o Mais Médicos. Nesse momento, precisamos dele”, fala. Disse ser um “absurdo” existir um limite de despesa para a educação. Citou que quem declara o imposto de renda só pode deduzir de despesas para educação R$ 3.230,46.
As famílias brasileiras já gastam muito por escolas privadas por causa da má qualidade da escola pública e quando vai deduzir o imposto o valor é esse. Ele promete, se eleito (o candidato tem menos de 1% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais) acabar com o limite de dedução do IR.
Ao contrário do candidato também ligado ao eleitorado religioso, pastor Everaldo, Eymael é contra a privatização da Petrobras e quer transformar as estatais brasileiras em “núcleos de eficiência”. “Infelizmente ficou lá na Petrobras um bando, usufruindo dos recursos da empresa. Pelo menos é o que a imprensa vem publicando.
O que nós temos de fazer é transformar as empresas públicas brasileiras em “núcleos de eficiência”. Para ele, o que “derrota” a administração pública é o aparelhamento do Estado. Defende a permanência em cargos de gestão única e exclusivamente por funcionários de carreira, aprovados em concurso público.
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