19/09/2014 - 00:15
A taxa de desocupação no Rio Grande do Norte cresceu 54,9% em 2013, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), uma das mais abrangentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de desocupados saiu de 7,1% para 11% da População Economicamente Ativa (PEA – pessoas com ou mais de 15 anos), confirmando uma retração do mercado de trabalho no estado.
A pesquisa destaca ainda o RN como o estado com a maior quantidade de domicílios com computador, comparado com a região Nordeste.Enquanto o mercado de trabalho ficou praticamente do mesmo tamanho de 2012 para 2013 (um contingente de 1,464 milhão de pessoas), o número de desocupados passou de 112 mil para 180 mil, colocando o RN na segunda taxa de desocupação mais elevada entre os estados brasileiros. A maioria do grupo é formada por jovens e mulheres.
O rendimento médio mensal real da PEA subiu 7,13%, sendo maior para as mulheres (8,14%) do que para os homens (6,19%). O rendimento médio mensal na semana de referência da pesquisa foi de R$ 1.277,00. A pesquisa aponta que, em 2013, 80% (ou 892 mil famílias) moravam na zona urbana e 20% (ou 224 mil) na zona rural. O valor do rendimento médio mensal das famílias do estado ficou em R$ 2.145,00, distribuídos da seguinte forma: setor urbano (R$ 2.359,00) e rural (R$ 1.293,00).
Portanto, observa-se que o referido rendimento familiar rural ainda equivalia a 54,8% do valor registrado na área urbana.Em comparação com os outros estados brasileiros, o RN ocupa a 18ª colocação no rendimento médio das famílias. Um total 33.000 famílias estavam sem rendimento, ou seja, viviam de doações ou benefícios em 2013; 218.000 ou (22,3%) famílias tinham rendimento mensal de até um salário mínimo; a maioria das famílias estava na faixa de mais de 1 a 2 salários mínimos, ou seja, 338.000 famílias, cujo valor do rendimento médio mensal era de R$ 1.015,00 reais; apenas 15.000 famílias possuíam o rendimento médio mensal acima de 20 salários mínimos, cujo valor do rendimento médio mensal foi de R$ 22.745,00.
Analfabetismo diminui
O número de analfabetos (pessoas com 10 anos ou mais) foi reduzido de 10,31%, em 2001, para 7,13%, em 2013, seguindo a tendência observada na região Nordeste, que caiu de 19,79% para 13,92% no mesmo período.“Percebe-se que apesar da redução das pessoas não alfabetizadas, ainda possuímos um quantitativo representativo dos analfabetos absolutos, principalmente, se comparamos com outros países da América do Sul, tais como, Chile e Argentina, onde a referida taxa é inferior a (3%)”, informou a Supervisão de Disseminação de Importações do IBGE.
Mais computadores
O RN é o estado com a maior quantidade de computadores por domicílio na região Nordeste. Uma parcela de 35,3% dos domicílios tinha pelo menos um computador, em 2013, segundo a pesquisa. O Distrito Federal é a unidade com maior percentual de domicílios com computadores (71%), seguido por São Paulo (61,5%), Rio de Janeiro (56,6%) e Santa Catarina (56,3%).
Na outra ponta da lista, o Maranhão é o estado onde, em termos relativos, a população tem menos acesso a computadores, cum ma taxa de 17%, seguido por 21,2% do Piauí, 24,8% do Pará e 28,4% do Ceará. Em todo o país, o total de domicílios com computadores foi 49,5% em 2013. Dos 32,2 milhões de domicílios brasileiros com computadores em 2013, 28% tinham acesso à internet no ano da pesquisa.
O estado tinha 1,034 milhão de domicílios particulares permanentes em 2013, com a seguinte distribuição de eletrodomésticos ou serviços: fogão (97,87%); filtro de água (24,45%); geladeira (96,52%); freezer (9,55%); máquina de lavar roupa (32%); rádio (70,0%); televisão (96,52%); microcomputador (38,13%) e microcomputador com acesso à internet (33,42%); DVD (74,5%); carro (28,3%); motocicleta (32,4%) e; telefone (97,2%).
População cresce em 35 mil habitantes
A população do Estado do RN foi estimada em 3.382.000 habitantes, onde tivemos um crescimento em relação ao ano anterior (2012) de 35.000 habitantes. Analisando a sua composição, o estado tinha 1.666.000 homens e 1.716.000 mulheres. Por situação do domicílio tivemos 2.660.000 pessoas residentes ou (78,63%) na área urbana dos municípios, concentrados, principalmente, nos municípios que compõem a Região Metropolitana de Natal.
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