quarta-feira, 26 de junho de 2013

Manifestantes espalham 594 bolas no gramado em frente ao Congresso.

 

Cruzes nas bolas simbolizam mortes por falta de saúde e segurança.
Grupo pretende chutar bolas às 17h em direção ao prédio do Congresso.


Membros da ONG Rio da Paz distribuíram 594 bolas de futebol no gramado em frente ao Congresso Nacional (Foto: Vianey Bentes / TV Globo)Membros da ONG Rio da Paz distribuíram 594 bolas de futebol no gramado em frente ao Congresso Nacional (Foto: Vianey Bentes / TV Globo)
Dez manifestantes da ONG Rio da Paz colocaram, na manhã desta quarta-feira (26), 594 bolas de futebol no gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Segundo eles, as bolas representam cada um dos deputados e senadores e o objetivo do protesto é dizer aos parlamentares que “a bola está com eles”. Às 17h, o grupo pretende chutar as bolas  em direção ao Congresso para pedir atenção às recentes manifestações no país.
"Estamos passando a bola para o Congresso", disse Antônio Carlos Costa, um dos integrantes do movimento. "Para eles fazerem o gol."
Costa afirma que a rejeição da PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público ocorrida na noite desta terça-feira (24) na Câmara dos Deputados tem relação direta com os protestos. "Porque fizeram isso ontem e não fizeram isso antes, mas somente após as manifestações?" diz.Com tinta vermelha, membros da organização pintaram cruzes vermelhas nas bolas para representar as mortes por falta de segurança e saúde no país.
"O Congresso está pressionado com as manifestações e está atendendo ao pedido das ruas", disse Costa. "Todos estão com medo das ruas."
PEC 37
A Câmara dos Deputados derrubou por 430 votos a nove (e duas abstenções) a PEC que impedia o Ministério Público de promover investigações criminais por conta própria.

O texto da chamada PEC 37 (entenda) previa competência exclusiva da polícia nessas apurações. Com a decisão da Câmara, a proposta será arquivada.
Pela proposta de alteração na carta constitucional, promotores e procuradores não poderiam mais executar diligências e investigações próprias – apenas solicitar ações no curso do inquérito policial e supervisionar a atuação da polícia. A rejeição da proposta era uma das reivindicações dos protestos de rua que se espalharam em todo o país.

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