segunda-feira, 10 de junho de 2013

Alckmin venceria até Lula na disputa pelo governo de SP


Pesquisa mostra tucano candidato à reeleição com 42% dos votos, contra apenas 26% do petista, que sonha colocar um membro de seu partido no Palácio dos Bandeirantes

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)
Pesquisa mostra também que popularidade de Alckmin aumentou (Nelson Antoine / Fotoarena)
Pesquisa Datafolha publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo mostra que o tucano Geraldo Alckmin venceria hoje todos os possíveis adversários na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. O atual governador de São Paulo superaria até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo que não pretenda se candidatar, Lula é o candidato que teria melhor desempenho contra Alckmin, levando a disputa para o segundo turno, mas perdendo com 26% das intenções de votos contra 42% de Alckmin. Depois de ajudar na eleição de Fernando Haddad para a prefeitura da capital paulista, o novo projeto do ex-presidente é colocar um petista no governo estadual. 
Porém, a pesquisa mostra que será difícil superar a hegemonia do PSDB, que há quase 20 anos governa o estado mais importante do país. A um ano e quatro meses da eleição, Alckmin tem entre 42% e 52% das intenções de voto nos cenários analisados na pesquisa, concluída na sexta-feira. Ainda desconhecido, o atual ministro da Saúde e potencial candidato do PT ao governo de SP, Alexandre Padilha, teria atualmente míseros 3% de intenções de votos, ficando em último lugar no cenário envolvendo Alckmin (52%), o peemedebista Paulo Skaf (16%) e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (9%), do PSD.
Apesar de negarem planos de disputar as eleições de 2014, outros dois possíveis candidatos do PT, os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e José Eduardo Cardozo (Justiça) teriam resultando um pouco melhor que Padilha – mas ainda insignificantes perto da liderança de Alckmin, que venceria já no primeiro turno.
Na disputa entre Mercadante, Kassab, Skaf e Alckmin, o petista teria 11% das intenções de votos, ficando tecnicamente empatado com Skaf (15%) na segunda colocação. Nesse cenário, Alckmin venceria com 50% dos votos. Se a disputa fosse entre Cardozo, Kassab, Skaf e Alckmin, o petista ficaria em último, com 5% das intenções de votos, enquanto Alckmin lideraria com 52%, seguido de Skaf (16%) e Kassab (8%).
Na pesquisa espontânea, em que os eleitores manifestam suas preferências sem que os pesquisadores apresentem opções, Alckmin tem 19% das intenções de votos, seguido do ex-governador José Serra (4%). Também foram citados pelos entrevistados Celso Russomanno, Lula, Paulo Maluf, Paulo Skaf, Marta Suplicy, Aloizio Mercadante e Gilberto Kassab – todos alcançaram 1% de citações. De acordo com a pesquisa, 63% dos entrevistados não souberam mencionar o nome de nenhum candidato na pesquisa espontânea.
O estudo mostra ainda que a popularidade de Alckmin cresceu de 48% para 52% durante seu terceiro mandato como governador de São Paulo. O tucano terminou seu segundo mandato, em 2006, com 66% de aprovação.
O Datafolha entrevistou 1.642 eleitores em 43 municípios do estado de São Paulo, na quinta e na sexta-feira da semana passada. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


Eles querem o Pálacio dos Bandeirantes

O governador Geraldo Alckmin pretende se manter no cargo. Mas tem pelo menos quatro possíveis adversários capazes de incomodar em 2014

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Geraldo Alckmin

O atual governador buscará o quarto mandato à frente do estado de São Paulo - no primeiro, ele era vice e assumiu após a morte de Mário Covas. A disputa promete ser a mais difícil para o tucano até aqui. Além da ofensiva do PT, que vê a conquista do Palácio dos Bandeirantes como questão de honra, Alckmin terá de combater os efeitos negativos do aumento da criminalidade no estado. E parte dos antigos aliados aderiu ao PSD de Gilberto Kassab, que está no campo de influência do PT. Ao mesmo tempo, o governador tem um bom índice de aprovação e se beneficia da grande rede de apoio que o PSDB possui nas prefeituras do estado.

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