terça-feira, 11 de junho de 2013

Manifestantes detidos em protesto no Centro do Rio são liberados


EM 11 DE JUNHO DE 2013 AS 08H13
Rapaz de 18 anos teve que pagar fiança por dano ao patrimônio. 
Cidade amanheceu com marcas da violência e do vandalismo. 

Fonte: G1
Crédito: Fabio Teixeira/Folhapress
Manifestantes voltam a protestar contra tarifa de ônibus no Rio. Polícia usou spray de pimenta, bomba de efeito moral e foi atingida por cocos.
Os mais de 30 jovens detidos pela Polícia Militar após confusão durante um protesto contra o aumento das passagens de ônibus, no Centro do Rio, na noite de segunda-feira (10), haviam sido autuados e liberados da 4ª DP (Praça da República) e 5ª DP (Mem de Sá), na manhã desta terça-feira (11).

De acordo com a polícia, grande parte deles era menor de idade. Um dos detidos, identificado como Savio Spanner, de 18  anos, foi flagrado destruindo uma motocicleta da PM e preso por dano ao patrimônio público. Ele foi liberado após pagar fiança.

Nesta terça-feira (11), o Centro amanheceu com as marcas da confusão e do vandalismo. As janelas da Paróquia Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé apareceram quebradas e com as paredes pichadas, como mostrou o Bom Dia Rio.

A polícia busca imagens dos prédios no entorno da confusão que possam esclarecer se os jovens detidos pelos PMs cometeram realmente os delitos dos quais foram acusados.

Protesto violento 

Terminou por volta de 19h30 desta segunda o protesto contra o aumento da passagem de ônibus para R$ 2,95, ocorrido no dia 1º. A manifestação, que começou pacífica, terminou em confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar a multidão. Às 22h30, estudantes ainda se concentravam na porta da 5ª DP para aguardar a liberação dos jovens detidos.

O protesto começou com cerca de 300 pessoas que se concentraram nas escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, no Centro, por volta das 17h30. De lá, eles seguiram pelas avenidas Rio Branco, Rua Araújo Porto Alegre, Avenida Presidente Antônio Carlos, Rua Primeiro de Março e, por fim, Avenida Presidente Vargas. As vias foram fechadas para a passagem dos manifestantes. Às 21h30, a polícia continuava na área.

O tumulto começou na Avenida Presidente Antonio Carlos, quando parte dos manifestantes cercou dois ônibus. Policiais do Batalhão de Choque usaram dezenas de bombas de efeito moral e spray de pimenta para dispersar a multidão.

Os manifestantes, então, saíram correndo pela Rua Primeiro de Março e, em resposta, alguns jovens jogaram coquetel molotov contra a polícia, queimaram lixo e entulho para interditar a rua, além de arremessar cocos e pedras contra os agentes.

O confronto causou pânico a quem passava pelo local e vários estabelecimentos comerciais fecharam as portas às pressas. Os muros do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) foram pichados e pelo menos uma vidraça da Igreja Nossa Senhora do Rosário foi quebrada.

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