quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Como será o reinado da nova Miss Brasil e os bastidores do concurso que elegeu Jakelyne Oliveira


Marie Claire acompanhou os momentos anteriores e posteriores da eleição deste ano e conversou com a vencedora. Confira!


JAKELYNE, A VENCEDORA DO MISS BRASIL 2013, NA HORA DA COROAÇÃO (Foto: Divulgação)
“Me belisca aqui?”. A frase inocente foi uma das primeiras ditas pela mato-grossense de Rondonópolis Jakelyne Oliveira, a Miss Brasil 2013, após a conquista do título, no sábado (28). As palavras combinam com seus 20 anos, mas não com seu histórico. Comparada à Bruna Marquezine e dona de uma beleza genuinamente brasileira, Jakelyne já ganhou quatro concursos em dois anos: Miss Brasil Globo 2012, Miss Globo Internacional 2012, Miss Rondonópolis 2013 e Miss Mato Grosso 2013.
Mais tarde, na van que a levava de volta ao hotel em que se hospedou em Belo Horizonte, sede do concurso, ela parecia não entender que nada seria como antes. “Um carro, gente! Eu ganhei um carro!”, disse durante o trajeto. Enquanto isso, uma enorme equipe – que a acompanhará durante todo o próximo ano –, antecipava outras mudanças: um flat no cobiçado bairro dos Jardins, em São Paulo, onde ela morará durante o reinado, uma agência para cuidar exclusivamente de sua imagem e principalmente pouco tempo para descansar e ficar com a família.
A MISS VENCEDORA PASSOU ILESA NA PROVA DO BIQUÍNI (Foto: Divulgação)
VIDA DE MISS
Logo após a conquista da coroa, Jakelyne vestiu um robe verde esmeralda por cima do maiô da coroação e correu para o hotel, onde comemoraria brevemente o título com as pessoas mais próximas. Depois disso, se arrumou para o primeiro compromisso como Miss Brasil: uma balada em Belo Horizonte, onde ficou até as 6 horas da manhã. No dia seguinte, acordou cedo para uma sessão de fotos. Deu entrevistas e mais entrevistas, gravou programas de TV e tem praticamente um mês para se preparar para o Miss Universo, que acontece em 9 de novembro, em Moscou, na Rússia.
Até lá, ela quer melhorar a oratória e o inglês, dois fatores que podem decidir o título. “Será uma correria, mas vou dar conta do recado, nem que tenha de ficar acordada 24 horas por dia”, afirmou na coletiva. O Brasil só ganhou o concurso duas vezes, em 1963, com Iêda Maria Vargas, e em 1968 com Martha Vasconcellos. Jakelyne carrega a missão de quebrar o jejum.
HORÁRIOS CONTROLADOS E COMPETIÇÃO
A nova Miss Brasil vem de semanas também estressantes. Antes do título, enfrentou 15 dias de confinamento ao lado das outras 26 candidatas, em duas cidades de Minas Gerais - Araxá e Belo Horizonte. Entre os compromissos, aprendeu as coreografias da grande noite, assistiu à palestras sobre comportamento, desfile e postura. Teve horários para tudo, controlados de perto pelas chaperonas, que cuidam das misses desde o momento em que acordam, antes das 7 da manhã, até a hora de dormir.
No dia do concurso, o estresse é maior. Todas são penteadas e maquiadas de acordo com padrões pré-definidos para não privilegiar nenhuma candidata. Os figurinos são iguais para todas também. Após um último ensaio geral, elas enfrentam cerca de cinco horas de preparação até o desfile, que incluem intervalos para lanches com “sustança”. Sanduíches de pão integral, barras de cereal, frutas e sucos estão no cardápio.
Apesar da rigidez, na maior parte do tempo o clima entre as misses é de amizade. Elas passam o tempo todo juntas trocando confidências, inseguranças e fazendo piadas. Evidentemente, existe um cheirinho de competição no ar, mas, no fundo, todas elas são meninas que sonham com a coroa. Jakelyne chegou lá.
Com 1,75 metro de altura e 55 quilos, Jakelyne exibe um corpo esculpido com dieta à base de proteínas e frutas, aulas de pilates e exercícios funcionais. Estudante de engenharia agrícola e ambiental, ela conquistou jurados como o beauty artist e apresentador de TV Fernando Torquatto, a apresentadora Sabrina Sato e o diretor criativo da SPFW, Paulo Borges.
TRÊS MOMENTOS DE JAKELYNE DURANTE O CONCURSO, INCLUINDO UM CLIQUE DE BASTIDORES (Foto: Divulgação)
“VOU PARA RONDONÓPOLIS COMER A COMIDINHA DA MINHA MÃE”
Marie Claire: Como é sair de Rondonópolis e se transformar em Miss Brasil?
Jakelyne Oliveira: 
É um orgulho levar o nome da minha cidade e do meu Estado ainda mais longe. Sou a primeira rondonopolitana a ganhar o título. Você não tem noção da minha satisfação.
MC: Muitas pessoas imaginam que as misses estão aí também para tentar mudar o mundo. Você acha que seria capaz disso, você sonha com isso?
JO: 
Quero mostrar que, independentemente das diferenças, temos que entender que todos têm o direito de ser amados, ter carinho e ser respeitados. Tenho uma irmã de cinco anos com Síndrome de Down, e essa seria uma das causas que eu abraçaria.
MC: Durante a sua caminhada para se tornar miss você fez alguma loucura?
JO: 
Não. Sempre fui uma menina muito sensata, muito calma e respeitei meus familiares, minha mãe principalmente. Nunca fiz nada que fugisse do comum.
MC: Você algum dia imaginou que seria a mulher mais bonita do Brasil?
JO: 
Tenho outros títulos, o Miss Brasil Globo e o Globo Internacional, então sou reconhecida como a mulher mais bonita do Brasil e do mundo. Porém, o título que sempre quis alcançar era o de Miss Brasil Universo. Pode ter certeza de que agora vou falar: “Ó, me respeite sou Miss Brasil Universo” (risos).
MC: Já que estamos falando de beleza, o que você acha das mulheres que correm atrás do atual padrão de beleza mais magro a todo custo? Aliás, ouvi dizer que você é toda natural.
JO: 
Tem o nariz... O nariz eu fiz por uma questão minha. Todas nós somos maravilhosas, temos nossa beleza. Cuidar da estética é bom, mas tudo na vida tem limite. Não sou a favor de quem ultrapassa esses limites para alcançar um padrão.
MC: Houve algum momento mais difícil com as outras misses durante a competição?
JO: 
O concurso foi amigável. Todo mundo se ajudou, foi um dos melhores de que já participei.
MC: Como estão sendo os primeiros dias de reinado?
JO: 
Maravilhosos! Só agora caiu a minha ficha. No fim de semana, vou para Rondonópolis buscar o resto das minhas coisas e comer a comidinha da minha mãe e da minha sogra [ela namora]. Depois volto para o regime.

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