sábado, 18 de maio de 2013

Temer defende MP dos Portos



O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), foi homenageado ontem, em Natal, no “11º Congresso Internacional de Direito Constitucional”, que teve como tema “Constituição, Política e Cidadania”. O peemedebista chegou ao evento, no Centro de Convenções, acompanhado do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), também de São Paulo, Michel Temer discursou para uma plateia de aproximadamente duas mil pessoas, ressaltando a importância da Constituição de 1988 e os efeitos que ela produziu no país. “Efeitos extremamente benéficos, diga-se”, assinalou.
Alex RégisMichel Temer, na direita, com Carlos e Henrique Alves: conselhos a estudantes e certeza de que Brasil acertou ao repetir gesto D. JoãoMichel Temer, na direita, com Carlos e Henrique Alves: conselhos a estudantes e certeza de que Brasil acertou ao repetir gesto D. João

Além do vice-presidente da República e do deputado Henrique Alves, a mesa de autoridades contou com a presença do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) e com os professores de Direito, George e Geilson Salomão. O presidente da Câmara Federal ressaltou a formação de Temer na área de Direito e saudou à plateia de estudantes e profissionais da área jurídica. Tanto Henrique Alves como Michel Temer foram indagados sobre a Medida Provisória (MP dos Portos) aprovada na quinta-feira, após uma maratona de votações na Câmara e no Senado. A MP pretende ampliar investimentos e modernizar o setor portuário no país.

“Eu achei importantíssimo, inegavelmente, essa MP agora convertida em lei para os destinos do nosso país. De modo que eu quero cumprimentar a Câmara e o Senado por essa extraordinária colaboração que deram ao Governo e ao povo brasileiro”, frisou Temer. Para ele, o maior legado da Medida Provisória será o de dar competitividade ao setor no Brasil. “Em 1808 dom João abriu os portos do Brasil e eu acho que agora se deu uma nova abertura. Vai ser muito importante para desafogar as importações, as exportações e para produzir o resultado positivo para o país”, acrescentou.

Aos congressistas, Michel Temer recomendou estudo e leitura. “Um recado que dou para eles é que se deve estudar muito. São acadêmicos de Direito, são advogados e a leitura é uma coisa fundamental. Especialmente conhecer a constituição que é o documento legal que estrutura, que cria, o Estado brasileiro”. Antes de desembarcar em Natal, o vice-presidente da República e presidente de honra do PMDB, Michel Temer, defendeu a candidatura própria do partido ao executivo federal em 2018, o que poderia significar o fim da aliança com o PT caso ele a presidente Dilma Rousseff sejam reeleitos em 2014. “O sonho de todo partido é ter um dia candidato a presidente da República. Não temos tempo para preparar uma candidatura em 2014, mas teremos tempo em 2018 e isso é uma coisa decidida”, disse Temer, em encontro com prefeitos e vice-prefeitos do PMDB de São Paulo, em Indaiatuba (SP).

Temer defendeu que o partido tenha candidatos a governador encabeçando chapas em todos os estados brasileiros em 2014, “particularmente em São Paulo”, o que também significaria que PMDB e PT não se coligariam nas eleições gerais do próximo ano no Estado. O vice-presidente lembrou também que no Estado o PMDB vota com o PSDB do governador Geraldo Alckmin, mas disse ter “convicção que o momento administrativo é diferente do momento político” e que o apoio ao executivo paulista não ocorrerá nas eleições.

Ainda em seu discurso, Temer exaltou aos políticos do partido a força do PMDB, comparada, segundo ele à da Presidência da República. “Acham que só tem poder quem é presidente da República, o que não é verdade. O PMDB tem poder político extraordinário”, concluiu. Indagado se acompanha de perto as articulações do PMDB potiguar para as eleições do próximo ano, o vice-presidente destacou que a discussão é tratada no fórum adequado, ou seja, no diretório nacional. “Respeitamos a autonomia de cada localidade”, frisou.

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