sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Guararapes para pra ver Aécio passar.

22/08/2014 - 00:15

Orlando Brito/Coligação Muda Brasil
Visita à Guararapes surpreendeu pela recepção espontânea
Pense numa alegria. A fábrica da Guararapes, em Extremoz, parecia mais uma micareta, ontem(21), durante a visita do presidenciável mineiro Aécio Neves (PSDB) a Natal. “Senti pelo menos o cheiro dele”, disse uma funcionária após ter abraçado o candidato, uma das tantas que ficaram em polvorosa com a presença do político tucano. 

Neves cumpriu agenda após tê-la adiado, por causa da morte do também candidato Eduardo Campos (PSB). No dia 13 de agosto, o mineiro até pousou no Aeroporto Internacional Augusto, mas não passou do saguão do desembarque, de onde voltou São Paulo. “Ficamos em torno de meia hora entre o avião e a sala de desembarque, querendo não acreditar na notícia envolvendo a o governador Campos”, disse ele, ontem (21). 

A passagem pelo aeroporto foi rápida, parando apenas para falar com a cadeirante Poliana Rocha, que foi atropelada enquanto andava na calçada, no município de Carolina, Maranahão. “Pedi a ele para lutar pela saúde e, principalmente, pela acessibilidade”, falou ela, que veio para Natal justamente para testar a acessibilidade em uma pousada de Genipabu. 

Sem escalas, Aécio foi para a fábrica da empresa têxtil Guararapes, no distrito industrial de Extremoz. Lá, almoçou com os controladores Nevaldo Rocha e seu filho, Flávio, e também com diretores.  A parte emocionante veio em seguida.Como de praxe, Nevaldo Rocha sempre ciceroneia os visitantes ilustres da fábrica dirigindo um carrinho apropriado para os deslocamentos internos. A fábrica é gigantesca dá até para fazer um paralelo entre as voltas pelos corredores e os percursos dos trios elétricos pelas avenidas. 

Recebido apenas com palmas, a empolgação foi aumentando à medida que o público feminino se sentiu à vontade para se aproximar, tirar “selfies” e abraçar o tucano. “Célia, tire uma foto do meu celular que eu vou dar um beijo nele agora”, disse a colaboradora Milena para uma amiga. “Ainda voltei com o cheiro dele”, falou, depois, empolgada. Abordada pela reportagem, Milena foi questionada sobre o porquê de tanta alegria. “Por causa das propostas dele”, respondeu. 

Através de pequenas paradas, Neves pode falar sobre as suas propostas, após ser apresentado por Flávio Rocha, que acompanhava ele no carrinho. Agradeceu pela recepção calorosa e prometeu ser “o presidente dos empregos” e estava em uma fábrica “exemplo de como o Brasil que investe” contribui para o desenvolvimento sócioeconômico da nação.

E emendou com uma das críticas mais ouvidas ao governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. “O Brasil parou. A atual administração federal perdeu a confiança dos empresários, dos investidores, responsáveis por acreditarem em um lugar bonito como esse de vocês”, declarou, sendo aplaudido com vibração. 

À PARTE

Uma parte dos funcionários preferiu não se envolver muito com a visita e seguiu trabalhando ou simplesmente vendo o movimento. A reportagem quis saber se não houve um “preparo” dos funcionários para fazerem aquela recepção calorosa. Um colaborador, pedindo o anonimato, disse que os funcionários foram somente avisados sobre a visita do político. “Quem quiser se manifestar, se manifeste. Ninguém é obrigado a apoiar”, falou. 

Aécio sofreu com o calor e a movimentação, ficando com a camisa completamente ensopada de suor. Nada como uma empresa têxtil para se enxugar com uma toalha recém fabricada. Para ser uma micareta, só faltou a música. Mas teve muita tietagem e até palmas com os gritinhos em coro “uhh! uhh! uhh!”. Foram praticamente três horas de agenda na Guararapes, com a a sua trupe saindo de lá por volta das 16h. 

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