terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Veterinária que adotou Titã vira símbolo de proteção aos animais

 
Atualizado em 16/01/2012 21h43 Animal enterrado vivo ganhou lar e cinco novos amigos. Profissional ficou assustada com assédio da imprensa.
Titã mora com três cadelas e um gato na casa da veterinária (Foto: Alan Schneider/G1)
Titã mora com três cadelas e um gato na casa da veterinária (Foto:
 
A veterinária Viviane Cristina da Silva, “mãe adotiva” do filhote vira-lata Titã, símbolo nacional de superação a maus tratos depois de ficar enterrado por 12 horas no quintal de uma casa em dezembro do ano passado, em Novo Horizonte, no interior de São Paulo, falou ao G1 Rio Preto e Araçatuba sobre a recuperação do animal. A profissional ficou assustada com o assédio da imprensa. O novo integrante da família Silva mora com três cadelas e um gato.
Cachorro fica na porta da clínica ao lado da cadela Zara (Foto: Alan Schneider/G1)
Cachorro fica na porta da clínica ao lado da cadela Zara (Foto: Alan Schneider/G1)

Titã está cada vez melhor e virou o guardião da clínica veterinária. “Ele e outra cadela me acompanham para o trabalho”, disse Viviane. A situação estava muito grave quando Titã chegou pela primeira vez ao local. “Recebi o cachorro e entrei em choque ao saber o que tinha passado. Fizemos os primeiros atendimentos e escutei que o animal iria para o abrigo da cidade caso ninguém queria adotá-lo. Lá, fatalmente ele não aguentaria. Foi quando me encontrei com o pessoal da ONG Protetora dos Animais de Novo Horizonte e decidimos manter o cachorro aqui na clínica”, disse Viviane.
Pouco mais de um mês em tratamento, Titã superou a todos os procedimentos com firmeza. Uma transfusão de sangue foi fundamental para a recuperação começar a acontecer. “Entramos com a cara e com a coragem para conseguir recuperá-lo. Antes, cada exame que a gente fazia desanimava mais ainda. O estado dele era muito grave. Repetimos vários hemogramas e foi inevitável a transfusão de sangue”, informou.
O otimismo deu as caras e reconquistou o sorriso na veterinária. “Não esperava, mas o que aconteceu com o Titã é que ele se tornou um símbolo de maus tratos. Além de passar por tudo isso, resistiu de uma maneira inacreditável, lutou mesmo para sobreviver. Na hora que chegou na clínica chorei muito. Falava com ele o tempo todo para ser forte. Acho que me ouviu”, contou emocionada.
As duas primeiras semanas que Titã entrou na vida da veterinária não foram fáceis. A profissional declarou que ficou apavorada com a repercussão na imprensa. “Foi assustador. No começo não sabia lidar com isso. Às vezes parecia que a imprensa estava invadindo a minha privacidade. Depois percebi que devia informações em respeito às pessoas preocupadas com Titã. Não tinha como esconder o estado do animal, sendo que todos torciam pela recuperação da saúde dele. Tive que me acostumar”. Hoje, ela brinca. “Nunca arrumei tanto amigo jornalista em um mês. Aliás, não tinha nenhum”.

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