Para o ex-presidente, ainda é muito cedo para fazer qualquer previsão sobre o pleito de 2014
Ex-presidente diz que é cedo para analisar eleição e afirma que pesquisas, tempo de palanque e de TV vão influenciar resultadoRicardo Stuckert/01.10.2013/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a derrota sofrida pelo time dele, o Corinthians, no último domingo (29) para ilustrar a corrida ao Palácio do Planalto em 2014. Para ele, o resultado depende de vários fatores e do cenário político. O ex-presidente afirmou que ainda aposta que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não disputará a Presidência em 2014.
— O que eu acho é que a conjuntura no momento de decidir que vai pesar nas decisões das pessoas, aliadas às pesquisas, ao tempo de televisão, tempo de palanque. É igual ao Corinthians, que foi jogar contra a Portuguesa, achando que o jogo era fácil e perdeu de quatro a zero. A política é um pouco isso, as pessoas têm que avaliar.
O Corinthians, atual campeão mundial de clubes, entrou como favorito na partida contra a Portuguesa, anteontem, considerado um time de pouca expressão no futebol, mas perdeu por 4 x 0 para a Lusa.
O ex-presidente falou com jornalistas depois de participar de ato público na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em comemoração aos 25 anos da Constituição Federal. Para Lula, ainda é precipitado cravar candidatos.
— Eu só disse que ainda temos tanto tempo para as pessoas se definirem ainda. Acho prematuro ficar discutindo o que vai acontecer em março ou abril. Qualquer brasileiro com mais de 35 anos de idade pode se candidatar a presidente da República, se tiver um partido político pode mais ainda.
Entrega simbólica de Constituição
Durante discurso na sede da OAB, o ex-presidente Lula entregou ao Conselho Federal da OAB a proposta de Constituição defendida pelo PT (Partido dos Trabalhadores) em alternativa à promulgada em 1988.
Bem-humorado, Lula lembrou que na época o partido não assinou a Constituição pois tinha o seu próprio projeto.
— Muitas vezes, somos acusados injustamente de que nós não assinamos a Constituição. Somos o único partido que, na instalação da Constituinte, entregou projeto de Constituição e de regimento interno. Tínhamos 16 deputados, mas éramos desaforados como se tivéssemos 500.
Lula admitiu, no entanto, que se aprovada a Constituição do PT, o País ficaria “ingovernável” e arrancou risos da plateia que participava do evento.
— Agora, se nosso regimento e nossa Constituição fossem aprovados, seria ingovernável, porque éramos muito duros na queda e muito exigentes.
Governo Lula
Ainda durante o discurso, Lula disse que durante o seu governo tentou garantir à população tudo o que estava escrito na Constituição Federal e citou programas importantes criados pelo PT.
— Foram criados 20 milhões de empregos em dez anos. Essa articulação de políticas garantidoras de direitos é o que nos permitiu tirar 35 milhões da extrema pobreza. A maior mobilidade social tem sido possível graças aos direitos previstos na Constituição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário