quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Dirigente do São Paulo acusa Rogério Ceni de sua demissão.


Ex-diretor de futebol e atual diretor-secretário geral tricolor, Adalberto Baptista afirma: 'Ele se colocou acima do São Paulo'

Rogério Ceni sempre foi e sempre será um ídolo do São Paulo, mas nunca foi de fugir de polêmicas dentro do clube. O último caso foi as divergências com o ex-técnico Ney Franco. Porém, outro caso de discussão foi com o ex-diretor de futebol e atual diretor-secretário geral do São Paulo, Adalberto Baptista, que confirmou que o goleiro e capitão foi o responsável por seu pedido de demissão, no fim de julho. Para o dirigente, Ceni se colocou acima do clube ao criticar a atual gestão tricolor, que, para ele, estava parada no tempo.

Irritado com a má fase da equipe, o goleiro não poupa críticas à diretoria e a Ney Franco. Na ocasião, logo depois da derrota na Recopa Sul-Americana para o Corinthians, o goleiro foi duro com os dirigentes e com o ex-técnico, que havia sido demitido dias antes da decisão.

"Naquele momento, o Ceni se colocou acima do São Paulo. Não foi justo ao atribuir a derrota ao técnico antecessor e ao trabalho do São Paulo", afirmou Baptista, em entrevista ao jornal “Lance”.

A discordia foi total e o goleiro chegou a bater boca publicamente com o dirigente, logo após a Recopa. Depois de ouvir as críticas, o dirigente rebateu dizendo que o camisa 1 estava desgastado por que vinha atuando lesionado e tinha dificuldades para repor a bola. Ceni, em seguida, veio a público para garantir que estava totalmente recuperado.

Porém, Baptista mantém firma a sua opinião e sustenta que Ceni vinha atuando no sacrifício e que isso o atrapalhava. "Defendi a instituição que foi agredida injustamente. É o que eu acho agora e o que achava na época. Até porque o Ceni falava aos quatro cantos que tinha essa lesão. Ele dizia e via que a reposição estava prejudicada", lembrou.

Além disso, o dirigente admite que a pressão após essa discussão se tornou insuportável e por isso resolveu deixar o clube, retornando em seguida como diretor-secretário geral. E ele não se arrepende do feito.

"Como gestor, tomei a decisão com convicção, mas sabia que ao criticar Ceni estava me colocando contra 17 milhões que o idolatram, passionais. Talvez tenha faltado habilidade, não sou dono da verdade. Mas prefiro ser ativo com erros do que omisso. E eu precisava agir", concluiu.

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