domingo, 19 de agosto de 2012

VOCE SABE O QUE É DE FATO UM BACURAU ? . . .

 O bacurau é uma ave que tem várias lendas, leremos algumas abaixo:

Ficheiro:Bacurau-do-rabo-branco.jpeg

Reza a lenda que muito antes de Pedro Álvares Cabral descobrir o Brasil, os fenícios já visitaram o nosso país. Uma vez uma embarcação fenícia desembarcou em terras brasileiras e dentre eles havia um escriba, que viva escrevendo em rochas e em pergaminhos.
Um certo dia, este rapaz se perdeu na mata e foi para numa tribo indígena. Chegando lá ele foi confundido com uma espécie de Deus-Pássaro, então os índios vestiram este homem branco com uma roupa coberta de penas. Assim Tupã se zangou e transformou o escriba em um pássaro que foi batizado de bacurau.
 Como apesar de tantos acontecimentos, o escriba não parava de fazer anotações em seu pergaminho, surgiu o ditado:
- É dizendo e bacurau escrevendo!
Séculos se passaram e o escriba continuou em forma de bacurau. Mas na época do Brasil-Colônia este pássaro viu uma moça galopando em seu cavalo e se apaixonou por ela. Desta maneira ele decidiu segui-la. De repente, o cavalo ficou maluco e saltou no rio cheio. Mesmo assim o animal e sua dona chegaram vivos, porém desacordados do outro lado do rio com a sela toda esfolada. Assim o bacurau resolveu consertar a sela e colocou algumas penas suas dispostas entre a manta e a sela. Desta maneira quando as vítimas acordaram nunca mais tiveram problemas nas viagens. Por isto é que existe uma lenda dizendo que as penas do bacurau entre a manta e a sela fazem com que o cavalo não caia e nem salte em rio cheio.

Bacurau e o Arco-Íris:

Há uma lenda indígena que diz que o bacurau é a ave que traz o arco-íris e que ela tem o poder de fazer a pessoa mudar de sexo.
Numa tribo existia um índio chamado Cauê, que era tão delicado que parecia uma menina. O problema é que naquela taba matavam os homens que eram efeminados. Então quando este menino completou quinze anos de idade, os índios resolveram matá-lo só pelo simples fato dele se parecer com uma menina. Assim Cauê fugiu para a mata. Mas sua mãe, dona Tainá, sabendo do poder do bacurau foi para a floresta e fez a seguinte oração para a ave:
- Por favor, minha doce ave bacurau...
Salve o meu filho frágil e especial...
Com toda a magia e sinceridade...
Faça com que ele vire homem de verdade!
Naquele mesmo instante, o belo dia de Sol virou uma tempestade de cinco minutos e depois o astro rei voltou novamente. Deste jeito, no meio da floresta, um bacurau apareceu para Cauê e fez o menino atravessar debaixo do arco-íris. Naquele mesmo instante o garoto delicado se transformou em um homem másculo. Por causa disto quando os índios alcançaram Cauê, desistiram de matá-lo.

Bacurau e a Dor de Dente:

Há uma outra lenda indígena que diz que quando uma criança perde seu dente-de-leite deve jogá-lo no telhado da oca e dizer:
- Bacurau, me traga um dente bonito!
Um certo dia, a índia Jurema estava com uma forte dor de dente e ela se queixou para o pajé que aconselhou extraí-lo. Mas a moça não aceitou. Então, ela pensou:
- Se o bacurau é capaz de trazer um dente bonito, ele também é capaz de curar um dente doente.
Então ela exclamou olhando para o céu:
- Bacurau, por favor, cure o meu dente!
Naquele exato momento caiu uma asa de bacurau na índia e ela se livrou da dor. Por isto, existe a lenda de que pena de bacurau cura a dor de dente.
Luciana do Rocio Mallon

Bacurau

O bacurau é uma ave caprimulgiforme da família caprimulgidae. Conhecido também como curiango, curiango-comum, ju-jau, ibijau, mede-léguas, acurana e a-ku-kú (nomes indígenas - Mato Grosso).

Características

Mede cerca de 30 centímetros de comprimento. O macho apresenta uma larga faixa nas asas (observada em vôo) e os lados da cauda brancos e a fêmea possui uma estreita faixa amarelada nas asas e somente a ponta da cauda branca.

Alimentação

Sai para se alimentar à noite. Captura insetos em vôo.


 

Os ninhos são colocados diretamente no solo. Põe 2 ovos amarelo-avermelhados manchados de marrom. Os filhotes possuem uma camuflagem quase perfeita, pois possuem uma coloração muito semelhante à da folhagem seca do chão da mata e quando os pais abandonam o ninho, eles permanecem imóveis, sendo muito difícil visualizá-los. Tanto o macho como a fêmea cuidam dos filhotes.

Hábitos

Comum em bordas de florestas, capoeiras abertas, campos com árvores isoladas, cerrados, capões de mata podendo também ser encontrado em matas secundárias e em processo de reflorestamento. Vive no chão. Só é visto durante o dia somente se espantado. Nestas ocasiões, voa curtas distâncias e logo volta a sumir em meio à vegetação rasteira, procurando se camuflar em meio as folhagens no substrato.

Distribuição Geográfica

Todo o Brasil, onde há florestas ou capoeiras, e também dos Estados Unidos e México até a Bolívia, Paraguai e Argentina.

 

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