Carlos Alberto Pereira da Costa falou ao Jornal Nacional neste sábado.
Único parlamentar citado pelo advogado foi o do deputado Luis Argôlo.
Carlos Alberto Pereira da Costa, sócio do doleiro Alberto Youssef na empresa GFD Investimentos, declarou neste sábado (20), ao Jornal Nacional, que parlamentares frenquentavam o escritório do doleiro e da empresa.
A GFD é investigada pela Polícia Federal por receber milhões de reais de origem duvidosa de construtoras que tinham contratos com a Petrobras, o que foi investigado pela Operação Lava Jato. Youssef e Costa foram presos pela PF; o advogado foi solto na última segunda (15).
Costa disse que foi apresentado a Youssef pelo ex-deputado federal José Janene (PP-PR), que morreu em 2010 e era um dos réus do mensalão do PT.
"O papel do Alberto Youssef, segundo me relatou o deputado José Janene, ele era o responsável pelo caixa dois do José Janene. Eu sei que mesmo depois do falecimento do deputado José Janene, o senhor Alberto Youssef continuou a frente na questão de cuidar do caixa. Ele fazia o caixa dois do partido, do PP, né?", declarou Carlos Alberto.
Ele declarou que sete parlamentares frequentavam os escritórios de Alberto Youssef e da GFD. Segundo ele, todos eram deputados federais ligados à bancada do governo, do Partido dos Trabalhadores (PT), e de outros partidos, mas disse que, estando sob sigilo, preferiria não mencionar nomes.
O único nome de parlamentar citado pelo advogado foi o do deputado Luis Argôlo (SD-BA) que, segundo Carlos Alberto frenquentava a empresa do doleiro. “Ele ia, e tinha uma permanência, permanência não, uma periodicidade talvez, mensal, ia sempre na GFD”, declarou Carlos Alberto.
O advogado disse também que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teve vários encontros com o doleiro Alberto Youssef. “Eu o vi talvez duas, três, quatro vezes. Eles se reuniam em sala fechada. Sabia que era o Paulo, o diretor da Petrobras, mas não sabia a que se devia essas reuniões, qual o objetivo dessas reuniões”, afirmou.
Carlos Alberto Pereira da Costa foi solto na última segunda-feira (15) por ter colaborado espontaneamente com as investigações. Ele não fez acordo de delação premiada, mas decidiu contar o que sabe sem ter garantia de redução de pena.
A assessoria do deputado Luiz Argôlo informou que o parlamentar já se defendeu no Conselho de Ética e que não vai comentar as novas declarações. O Jornal Nacional tentou entrar em contato com a advogada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que está preso, mas ela não retornou as ligações. O Partido Progressista (PP) informou que desconhece as denúncias e que está à disposição para colaborar com as investigações.
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