Ele se tornou arcebispo de Buenos Aires em 1998 e foi nomeado cardeal em 2001, por João Paulo II. O nome do cardeal argentino não aparecia entre os mais cotados antes e durante o conclave, que reuniu 115 cardeais por dois dias.
Bergoglio deve celebrar amanhã (14) a primeira missa como papa eleito. A expectativa é que a primeira missa seja formal e simples, com o celebrante vestido de branco, sem os paramentos (trajes) e o anel do pescador – símbolo do sucessor de São Pedro, patrono da Igreja, que é usado no dedo anular direito. Essa cerimônia é considerada um momento marcante, pois, nela, o papa indica como será seu pontificado.
Nos próximos dias, então, será realizada a cerimônia de coroação. Na solenidade, o papa receberá as vestes e o sapato vermelho, além do anel de pescador. O cajado poderá ser entregue antes. Essa solenidade costuma reunir apenas os cardeais e alguns religiosos – padres e freis – que atuam como assistentes.
Ao som dos sinos da Basílica de São Pedro, fiéis em vigília na praça de mesmo nome, aguardaram por cerca de 50 minutos a célebre frase Habemus Papam (Temos Papa) e o anúncio do nome de Bergoglio. A demora entre o aparecimento da fumaça branca, indicando a eleição do papa, e o anúncio do nome foi causada por uma série de procedimentos adotados pelo Vaticano. Após a escolha, pergunta-se ao papa eleito se ele aceita a decisão do conclave. Se a resposta for positiva, ele é levado a um aposento onde se veste de branco para ser apresentado aos fiéis.
O responsável pelo anúncio do escolhido foi o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, cardeal protodiácono francês Jean-Louis Tauran, de 69 anos. A escolha de um francês para proferir a frase atende à exigência de essa ser uma atribuição do primeiro cardeal da ordem dos diáconos, da qual Tauran faz parte desde fevereiro de 2011. Em 2005, a eleição do papa emérito Bento XVI foi anunciada pelo cardeal chileno Jorge Arturo Medina Estevez.
Conheça a trajetória do novo Papa
Formado em farmácia, Jorge Mario Bergoglio ensinou literatura, filosofia, psicologia e teologia antes de tornar arcebispo de Buenos Aires, em 1998. Tornou-se cardeal em 2001, quando o país vivia o caos na economia.
Dona de um dos maiores rebanhos da igreja católica em todo o mundo, a América Latina finalmente elege um pontífice. E o primeiro da Ordem dos Jesuítas. Filho de italianos, o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 75 anos, passou a maior parte de sua vida pastoral na Argentina.
Formado em farmácia, ensinou literatura, filosofia, psicologia e teologia antes de tornar arcebispo de Buenos Aires, em 1998. Tornou-se cardeal em 2001, quando o país vivia o caos na economia.
Com a ação concentrada na promoção social, Bergoglio também se focou nos esforços para restabelecer a reputação de uma igreja que perdeu muitos fiéis durante a ditadura. Na época, os religiosos sofriam críticas por não desafiarem abertamente um regime que matou e torturou milhares de argentinos. Tornou-se uma voz respeitada, mas que não encontrou muita ressonância nos governos do casal Kirchner.
A Argentina se tornou o primeiro país latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Bergoglio foi duramente criticado por Cristina Kirchner, quando disse que as crianças adotadas por casais gays eram discriminadas. A presidente comparou o discurso dele aos dos tempos medievais e da inquisição. Humilde, vive sem ostentação, cozinha as próprias refeições e usa o transporte público. De mudança para o Vaticano, Bergoglio agora vai sofrer a mais radical das mudanças, e terá que adaptar o jeito simples de ser à pompa e formalidade que cercam o chefe da igreja.
Jorge Mario Bergoglio se chamará Francisc
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