terça-feira, 30 de julho de 2013

Justiça recebe ação de improbidade do FNDE contra ex-prefeita de Natal.

Micarla de Sousa é acusada de ausência na prestação de contas em 2010.
Em nota, ex-prefeita disse desconhecer a ação e que irá se defender.


Micarla de Sousa, prefeita de Natal (Foto: Ricardo Araújo/G1)Micarla de Sousa, ex-prefeita de Natal
(Foto: Ricardo Araújo/G1)
A Justiça Federal do Rio Grande do Norte recebeu a ação de improbidade feita pelos procuradores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) contra a ex-prefeita de Natal Micarla de Sousa. Segundo nota da assessoria de imprensa da Justiça Federal, Micarla é acusada de ausência na prestação de contas de verba recebida, no ano de 2010, referente a R$ 6 milhões destinados ao Programa Nacional de Inclusão de Jovens.
Procurada pelo G1, Micarla de Sousa emitiu nota dizendo que não foi notificada de qualquer decisão judicial a este respeito. "Após receber a notificação e ter acesso ao conteúdo da decisão, terei 15 dias para efetuar a minha defesa, que será feita prontamente. Cabe-me informar que todo recurso oriundo da fonte do FNDE é gerido pela Secretaria Municipal de Educação (SME). Caso tenha ocorrido qualquer falha na prestação de contas enviada, no ano de 2010, por aquele órgão, esta deverá ser devidamente justificada", disse a ex-prefeita.
Ivan Lira observou que em ação de improbidade administrativa, como é o caso, só é possível decretar a indisponibilidade de bens após a oitiva da ré e com o objetivo de resguardar o resultado útil de futura execução da quantia. “No caso presente, porém, a petição inicial não descreve qualquer circunstância excepcional anômala indicativa de que a demandada está praticando ou prestes a praticar atos de esvaziamento patrimonial, razão pela qual entendo que o pleito para a decretação da indisponibilidade de bens não merece ser acolhida”, escreveu.O juiz federal Ivan Lira de Carvalho recebeu a ação de improbidade, mas negou o pedido liminar feito pelo FNDE para bloquear bens da ex-prefeita de Natal Micarla de Sousa no valor equivalente a R$ 6.042.178,42.
O magistrado ressaltou ainda que os procuradores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação não esclareceram nos autos qual a relação de Micarla de Sousa com duas empresas cujas cotas eles pretendiam que fossem bloqueadas. O juiz federal frisou: “a indisponibilidade de bens é medida cautelar de segurança patrimonial”.
Sobre a ex-prefeita Micarla de Sousa pesa a denúncia formulada pelo FNDE de que a Prefeitura de Natal, sob a sua gestão, recebeu, no exercício de 2010, recursos federais oriundos de repasses automáticos do Programa Nacional de Inclusão de Jovens. No entanto, não houve prestação de contas da referida verba.
Segundo as informações que constam na petição inicial, a então prefeita, no curso do procedimento no Tribunal de Contas da União, foi notificada para prestar contas ou devolver aos cofres públicos o valor conveniado. No entanto, assim não o fez e foi realizada inscrição no SIAFI para restituição aos cofres do FNDE na quantia de R$ 6.042.178,42
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Sem abrir mão de ser flamenguista, Luxa garante: 'Hoje quero bater neles'

Técnico, que divide opiniões no clube, não foge das perguntas sobre seu clube do coração na primeira entrevista e elogia Abel: 'É um vencedor'

Vanderlei Luxemburgo não perdeu tempo. Quase 24 horas depois de Abel Braga deixar o comando técnico do Fluminense, o novo treinador assumiu o clube, arregaçou as mangas e foi para o campo. O primeiro treino teve orientação ao capitão Fred, ensaio de saída de bola, aprimoramento de cobranças de falta, pênaltis e algumas jogadas ensaiadas. Depois de colocar a mão na massa, o técnico concedeu entrevista coletiva para ser apresentado nas Laranjeiras e não fugiu das perguntas nem mesmo sobre sua identificação com o rival Flamengo. Torcedor assumido e com três passagens pela Gávea no currículo, Luxa garantiu que não vai deixar de ser flamenguista. Mas avisou: agora quer bater no rival.
Coletiva Luxemburgo Fluminense (Foto: Roberto Filho)Luxemburgo sorri em sua apresentação: sem medo de falar da relação com o Fla (Foto: Roberto Filho)
- Todos nós temos um time. Cansei de ir ao estádio torcer pelo Flamengo na minha infância. Mas hoje sou profissional. O Fla é meu adversário, não meu inimigo. Em 1986 eu vivi uma situação engraçada quando trabalhei nas Laranjeiras. O presidente do Fluminense disse que no clube não entrava rubro-negro. Eu perguntei: 'Por onde saio (risos)'?. Eu não vou abrir mão de ser flamenguista e quando encerrar minha carreira vou querer ajudar o clube de alguma maneira. Mas hoje eu quero bater no Flamengo toda vez que enfrentá-lo no comando do Fluminense - avisou o treinador.

Com uma passagem interina pelo profissionais do Fluminense em 1986, Luxa já teve a experiência, embora curta, de dirigir o time principal tricolor em 13 partidas. O treinador, então comandante dos juniores, viajou com a equipe pó-de-arroz para excursão pela Europa e comandou o time contra o Manchester United, da Inglaterra, e o Bayern de Munique, da Alemanha, entre outros jogos. No total foram quatro vitórias, quatro derrotas e cinco empates. Agora ele espera reescrever a história e diminuir a rejeição por parte dos tricolores.

- A rotina de treinador é essa mesmo. A rejeição ontem era uma, hoje já diminuiu e amanhã, se vencermos, tudo melhora ainda mais. Não podemos esquecer que o Abel, mesmo com toda sua identificação com o Fluminense, foi questionado após algumas derrotas - frisou.

Em enquete realizada pelo GLOBOESPORTE.COM, os torcedores do Fluminense se mostraram divididos com a contratação. 50,3% se mostraram favoráveis ao nome, enquanto 49,7% foram contra. O novo técnico dividiu opiniões também na diretoria. Desejado pelo presidente da patrocinadora, Celso Barros, não ganhou a simpatia de algumas pessoas. O próprio presidente tricolor, Peter Siemsen, tinha suas restrições. O contrato vai até o fim do ano, mês em que o primeiro mandato de Siemsen se encerrado.

- A opção do contrato foi porque o mandato da diretoria termina no fim do ano. Queremos chegar à Libertadores e se posível conquistar algum título em 2013. Depois vamos conversar. No Grêmio tive esse problema. Fui contratado por um presidente e meses depois entrou uma nova diretoria - explicou.
Luxemburgo treino fluminense (Foto: Roberto Filho)Luxemburgo já comandou o treino do Fluminense
na tarde desta terça (Foto: Roberto Filho)
O desafio inicial é delicado. O treinador pega o time na zona de rebaixamento e vindo de cinco derrotas seguidas. Para afastar a crise, Luxa espera repetir o sucesso do elenco campeão brasileiro no ano passado. 
- Estou chegando para substituí-lo (Abel Braga) e dar continuidade ao trabalho de um grande técnico, um vencedor. Um grupo de muita qualidade que está vivendo um momento ruim. Mas é um time que perdeu apenas três jogos até ser campeão brasileiro em 2012. Vamos tentar reviver isso e trazer o Fluminense de volta ao espaço que ele deve estar, no topo da tabela - disse.

Um dos problemas apontados pelo treinador é o fato de a torcida ter se acostumado com títulos recentes. Em 2010 e 2012, vieram o Brasileiro. Também no ano passado, o Carioca.

- Um time que está acostumado a ganhar fica indignado com a derrota. Quem ganha muito relaxa inconscientemente. Tudo vai acontecer de forma natural. Ele vai ter que praticar ganhar. Você não ganha porque foi campeão no ano passado. Só vai ganhar se quiser ganhar. Esse é o ponto importante - afirmou.
O relacionamento com as estrelas do elenco, como Deco e Fred por exemplo, não foi visto como um caso preocupante pelo treinador. Durante sua última passagem pelo Flamengo, Luxa teve problemas na relação com Ronaldinho Gaúcho e acabou demitido depois de perder a queda de braço com o craque após farras do jogador na pré-temporada de 2012.
- Fred e Deco são estrelas porque tem essa qualidade. Não é a primeira vez que eu trabalho com estrelas. O direito de cada um termina quando começam os meus. Não vejo nenhum problema nessa relação.
Luxemburgo, fred e deco treino fluminense (Foto: Roberto Filho)Luxa orienra Deco e Fred: sem medo da relação com as estrelas do elenco tricolor (Foto: Roberto Filho)

Técnico busca volta por cima
Treinador que mais vezes conquistou o Campeonato Brasileiro (venceu cinco no total: 1993/1994, com o Palmeiras; 1998, com o Corinthians; 2003, com o Cruzeiro e 2004, com o Santos), Vanderlei Luxemburgo vive um momento de baixa e busca a volta por cima na carreira. Desde 2006, só levantou taças estaduais. Foi campeão paulista três vezes, duas com o Santos e uma com o Palmeiras, campeão mineiro com o Atlético-MG e campeão carioca com o Flamengo.
Em seu último trabalho no Grêmio, os números até foram positivos. Luxa foi demitido há exatamente um mês, no dia 30 de junho, com 64,8% de aproveitamento: 52 vitórias, 21 empates e 18 derrotas em 91 jogos. Mas foram as derrotas em momentos importantes que minaram o trabalho do treinador. Em um ano e meio, o clube foi eliminado antes da final de dois Campeonatos Gaúchos, caiu na semifinal da Copa do Brasil, nas quartas de final da sul-americana e nas oitavas da Libertadores. A única "conquista" foi o terceiro lugar no último Campeonato Brasileiro e a consequente vaga na competição sul-americana
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Neymar abraça Messi antes da estreia pelo Barcelona.

Brasileiro não atuou ao lado do argentino contra o Lechia Gdansk. Parceria só deve acontecer contra o Santos, na sexta-feira


Neymar e Messi não se encontraram em campo durante a estreia do brasileiro peloBarcelona, nesta terça-feira, no empate de 2 a 2 contra o Lechia Gdansk, na Polônia. O melhor jogador da Copa das Confederações entrou em campo apenas aos 33 minutos do segundo tempo, no lugar do chileno Alexis Sánchez, pouco antes do argentino ser substituído. Mas antes do amistoso, os dois craques mostraram que já possuem um certo entrosamento.
Enquanto os titulares do Barcelona no jogo na Arena Gdansk estavam perfilados para a entrada em campo, liderados pelo capitão Messi, Neymar passou pelo grupo e deu um abraço no argentino. E ainda um apertão carinhoso no ombro esquerdo do camisa 10.
Antes do jogo, Neymar participou do aquecimento em campo e foi parar no centro da roda de bobinho.
Neymar se apresentou ao Barcelona na segunda-feira e participou da partida na Polônia por motivos contratuais. Como o time espanhol precisou adiar o amistoso contra o time polonês devido à saída repentina do treinador Tito Vilanova, para tratamento de um câncer na garganta, a presença do camisa 11 por alguns minutos em campo foi uma espécie de "recompensa" aos organizadores do jogo.
O brasileiro só deve atuar ao lado de Messi e durante um maior tempo na próxima sexta-feira, quando o Barcelona enfrenta o Santos - jogo que, a princípio, marcaria a estreia de Neymar com a camisa do Barcelona dentro do gramado.
Neymar abraça Messi antes de amistoso contra o Lechia (Foto: Reprodução SporTV)Neymar abraça Messi antes de amistoso contra o Lechia Gdansk (Foto: Reprodução SporTV
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Neymar estreia, mas time polonês segura o Barcelona em amistoso.


Ainda sem destaques da Copa das Confederações, Barça fica no empate por 2 a 2 com o Lechia Gdansk. Craque brasileiro joga cerca de 15 minutos


Esteve longe de ser a estreia dos sonhos de Neymar. Ela está anunciada para a próxima sexta-feira, contra o seu ex-clube Santos, num Camp Nou lotado pelo tradicional Torneio Joan Gamper. Compromissos do Barcelona com seus patrocinadores, no entanto, levaram o craque brasileiro até a Polônia. Como mero torcedor direto do banco de reservas ou atuando nos cerca de 15 minutos finais, o camisa 11 pouco pôde fazer no empate com Lechia Gdansk, por 2 a 2, nesta terça, na Arena Gdansk, estádio que recebeu jogos da última Eurocopa. Sergi Roberto e Messi - que deixou o gramado pouco antes da entrada de Neymar - marcaram para os visitantes. Bieniuk e Grzelczak fizeram para os donos da casa.
Além de viver um diferente clima para quem custou € 57 milhões aos cofres catalães, Neymarpôde sentir na pele o quão estrela se tornou. Bastou entrar em campo, aos 33 minutos do segundo tempo, para ser caçado por marcadores do time adversário. Na ponta-esquerda, onde deverá atuar com maior frequência no Barça, ele virou alvo dos poloneses ao sofrer quatro faltas - algumas inclusive mais ríspidas para um amistoso. Ainda acertou cinco passes e perdeu duas bolas. O talento que todos conhecem pareceu estar guardado para sexta, uma ocasião muito mais especial.
Até lá, o time deverá ter novas mudanças. Provavelmente voltarão os destaques da Copa das Confederações, de férias até o último domingo. Estão entre eles os craques Xavi e Iniesta, além do lateral-direito brasileiro Daniel Alves, o goleiro Valdés, o zagueiro Piqué, o lateral Jordi Alba, o volante Busquets, o meia Fàbregas e o atacante Pedro. Outra novidade prometida é a estreia do argentino Tata Martino, ex-Newell's Old Boys, à frente do comando da equipe. Ele não viajou até a Polônia para conhecer melhor justamente aqueles que permaneceram na Espanha.
Mosaico Neymar estreia Barcelona (Foto: Editoria de Arte)
Barça passa dificuldades
Não era o oitavo colocado do Campeonato Noruguês. Mas era o oitavo colocado da última edição do Campeonato Polonês. Em tese a diferença não é notória, mas o Barcelona desta terça-feira foi outro em relação ao sábado, quando atropelou o Valerenga, de Oslo, por 7 a 0. Em vez de gols e show à parte de Lionel Messi, os campeões espanhóis encontraram resistência em Gdansk.
Sem Neymar, que começou a partida no banco de reservas, o Barça sofreu inclusive o primeiro gol do jogo. Após escanteio, Bieniuk subiu mais alto do que a zaga catalã para abrir o placar e escancarar os problemas do rival na defesa.
Messi estava em campo, mas andava tímido. Sua primeira boa aparição aconteceu aos 18 minutos, quando avançou pelo lado direito da grande área e chutou cruzado para a defesa do goleiro. Aos 26, ele viu de camarote o empate: Montoya cruzou rasteiro da direita e Sergi Roberto apareceu para completar.
Neymar Barcelona (Foto: Miguel Ruiz / FCB)Neymar passou quase todo o jogo no banco de reservas do Barcelona (Foto: Miguel Ruiz / FCB)
Neymar? Só nos minutos finais...
Neymar tampouco voltou do intervalo para o campo. Do banco, fez um sinal de que teria a sua oportunidade depois, no decorrer da etapa final. Àquela altura com o placar novamente modificado. Aos quatro, Montoya - o mesmo que deu a assistência para o gol do Barça - vacilou na marcação e permitiu que Grzelczak ficasse com a bola e chutasse cruzado para desempatar.
Messi, então, despertou. Sánchez recebeu na grande área e viu rapidamente o argentino se deslocar. O passe saiu preciso, açucarado, na medida para que o camisa 10 somente desse um toque de qualidade por cima do goleiro, com a sua assinatura. Ainda não era o suficiente. Aos 16, Adriano cruzou rasteiro da esquerda e o próprio atacante finalizou na trave.
Com dificuldades para criar, o Barça deu chances para outros tantos meninos da base. Entraram sete deles num primeiro momento. Nenhum era Neymar, o responsável por diversas manifestações ansiosas das arquibancadas. O tempo passou, Messi saiu e, finalmente, o brasileiro fez a sua estreia. Aos exatos 33 minutos e 27 segundos, ele substituiu o chileno Alexis Sánchez às ordens de Jordi Roura, novamente o treinador do Barça na ausência de Tata Martino.
Na batalha contra o relógio e um adversário em especial mais determinado em impedí-lo de jogar, Neymar sofreu mais faltas do que jogou. Foram quatro nos primeiros dez minutos, quase todas quando habitava a ponta-esquerda.
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Lechia comemora gol contra o Barcelona (Foto: Agência AFP)Lechia comemora um de seus gols: time polonês saiu de campo feliz com o empate (Foto: Agência AFP)

 

SÃO PEDRO RN, TEM IDH ABAIXO DA MÉDIA.

São Pedro RN, nunca foi um município de forte atividade socio-econômica, hoje enfrenta mais problemas com a  pobreza de seus moradores e com a baixa qualidade da educação e saúde. O município ocupa uma das últimas posições no ranking com IDH 0589, abaixo da média nacional de 0,727. Apenas  quatro municípios do Rio Grande do Norte conseguiram atingir o grau de alto desenvolvimento humano das Nações Unidas. São eles: Parnamirim (0766), Natal (0763), Mossoró (0720) e Caicó (0710). Os municípios com piores indicadores são, pela ordem, João Dias, Parazinho, Ielmo Marinho, Lagoa de Pedras e São Bento do Norte .
PENUD-IPEA-CA


RN tem 70 cidades com baixo IDH.


Apesar dos avanços conquistados nos últimos vinte anos nos indicadores sociais, especialmente nas áreas de saúde e renda (queda da mortalidade infantil e combate à miséria),  apenas  quatro municípios do Rio Grande do Norte conseguiram atingir o grau de alto desenvolvimento humano das Nações Unidas. São eles: Parnamirim, Natal, Mossoró e Caicó. O novo IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – com base nos dados coletados pelo IBGE no Censo de 2010, e divulgado ontem em Brasília, mostra que no RN  93 municípios, ou 55,69% do total, estão enquadrados na faixa de médio desenvolvimento humano, enquanto 70, ou 41,92%, tem baixo IDH. Nenhum atingiu o grau “muito alto”.

Os fatores para levar um município ao topo ou à base do ranking mudam de acordo com o porte populacional e região geográfica. Dos quatro com alto padrão de desenvolvimento, dois são da Grande Natal, um é polo do Oeste e outro polo do Seridó. Com bons indicadores educacionais, o Seridó tem nove municípios entre os 20 melhores do Rio Grande do Norte. E só não conseguiu indicadores mais elevados por causa do padrão de renda da população. Desde o fim da cultura algodoeira, dizimada pela praga do bicudo no início da década de 1980, o Seridó vinha enfrentando um processo que os especialistas chamam de “deserto econômico”, apesar de ter melhorado nos últimos tempos.

Município com um dos maiores crescimentos populacionais do Brasil – cerca de 7% ao ano na década passada – Parnamirim tinha em 2010, quando os dados do IBGE foram coletados, 202 mil habitantes, ante 63 mil em 1991. Pela nova metodologia usada pelo Programa  das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o IDHM passou de 0,472 (muito baixo) em 1991 para 0,766 (alto) em 2010. Na última década, o município investiu em Educação e Saúde. A rede municipal hoje tem mais de 60 escolas do ensino infantil e fundamental, a maioria delas funcionando em prédios novos, com professores concursados e com nível superior.

Apesar dos investimentos feitos em educação na última década, este foi o indicador que barrou o crescimento da maioria. Se fosse levar em conta os indicadores de saúde, por exemplo, Parnamirim, Natal, Mossoró e Caicó atingiriam o grau  de pleno desenvolvimento humano. No caso da educação, com exceção de Parnamirim, que tem a escola de ensino fundamental com melhor Ideb do Rio Grande do Norte, os demais ficariam no grau de “médio IDH”.

O mapa do desenvolvimento mostra situações peculiares. Guamaré por exemplo. O município que tem o maior PIB per capita do Rio Grande do Norte, que superou Mossoró no ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – e que arrecada cerca de 25 milhões mês – 50 vezes a mais que municípios de seu porte populacional, divide um modesto 43º lugar no ranking do IDHM com Campo Redondo e Várzea.

Ceará-Mirim, que já foi um município de forte atividade econômica, hoje enfrenta problemas com a  pobreza de seus moradores e com a baixa qualidade da educação. O município ocupa o 63º. Com IDH 0,684, abaixo da média nacional de 0,727, RN ocupa o 16º lugar no ranking nacional, e o primeiro no nordestino. Os municípios com piores indicadores são, pela ordem, João Dias, Parazinho, Ielmo Marinho, Lagoa de Pedras e São Bento do Norte .
PENUD-IPEA


segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Consciência Política de Aluízio Alves III: Atritos no caminho da harmonia.


Tomislav R. Femenick - Jornalista, mestre em economia com extensão em sociologia e história, membro da diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.

A estrutura fundamental dos governos democrático tem como alicerce o pensamento de dois grandes filósofos franceses, Jean-Jacques Rousseau e Charles-Louis de Secondat, o barão de Montesquieu, bem como do político e pensador norte-americano, Thomas Jefferson. Rousseau expressou a ideia de que governantes e governados teriam um contrato tácito, não formalmente expresso, estabelecendo que os legisladores devem fazer as leis de acordo com a vontade do povo e que, pelo primado da maioria, as leis deveriam valer para todos; até para aqueles que com elas não concordasse. Montesquieu defendia que o poder deveria ser dividido em três segmentos perfeitamente distintos: o Legislativo faz as leis, o Executivo executa a administração geral do aparato estatal e o Judiciário decide sobre os conflitos de interesses, aplicando normas gerais e abstratas. Por sua vez, Jefferson defendia um Executivo não centralizador, como forma de impedir que os governantes tivessem em suas mãos todas as funções de mando e de formulação das leis, evitando-se, dessa forma, o surgimento de uma “monarquia republicana”.
Reprodução

Embora oriundo do campo parlamentar (foi deputado federal de 1946 a 1961), como governador Aluízio Alves teve vários problemas com os outros poderes. As relações que deveriam ser de harmonia e de alinhamento para administrar os interesses do povo potiguar, nem sempre assim o foram. Dizia-se que os problemas do governo Aluízio Alves com o legislativo estadual, se originavam no fato dos deputados – distanciando-se da sua função de cogerenciar estruturalmente o Estado – não quererem tomar conhecimento do que estava sendo feito pelo executivo, com o objetivo de desenvolver a economia e modernizar o instrumental de governo do Rio Grande do Norte.

Conversando com Deputados

Nem sempre as relações do governo Aluízio Alves com os deputados estaduais se deram em níveis eminentemente institucionais. Houve períodos de alta e de baixa. O ímpeto de alterar, de mudar como as coisas eram conduzidas entre o Palácio Potengi (depois Palácio da Esperança) e a Assembleia Legislativa do Estado rendeu ao novo governador uma série de tropeços e situações inusitadas. Indagado como encarou esse fato, Aluízio respondeu:

“Quando estudava no curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito de Maceió, eu tinha, como se diz, dois livros de cabeceira: ‘A Origem do Direito dos Povos’, do professor Jayme de Altavila, e ‘Do Contrato Social’, de Montesquieu. Essas duas obras nortearam o meu pensamento jurídico e impuseram uma direção social em todas as minhas ações. Tanto é assim que na mensagem que enviei à Assembleia do Estado em 1961, por ocasião da abertura dos trabalhos do poder parlamentar, citei em primeiro lugar o pensamento de Montesquieu. [Nessa altura, o ex-governador buscou um entre os livros que estavam à sua frente]. Aqui está: ‘A Democracia se afirma, em nosso regime constitucional, pela harmonia e independência dos três poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo. Cada um tem atribuições específicas. Todos têm deveres comuns. Montesquieu, ao formulá-los, não fez uma criação intelectual, ou um jogo de xadrez jurídico. Armou um sistema visando a uma finalidade, que é a da Democracia, que é a do Poder em si mesmo: a realização, pelos instrumentos políticos do Estado, do bem geral do povo. É certo que nem sempre a realidade se coloca nesse plano ideal’, pelas deficiências de nossa formação cultural e despreparo. A minha citação teve o caráter de profissão de fé.

O que eu não sabia na ocasião era o quando era extensa a fronteira que separava o ideal democrático e a realidade política de nosso Estado. Esperava que, passada a campanha, os ânimos tivessem serenados, tivessem se amortecidos. Pobre desejo. Uma ala de deputados torpedeava todas as minhas propostas e todos os projetos dos seus colegas que me apoiavam. Era-me inesperado, mas era crível. Uma parcela significativa dos integrantes da Assembleia tinha uma formação política arraigada em tradições antigas, com visões paroquiais, de defesa somente dos sentimentos provincianos ao extremo, quando não de vantagens para seus respectivos grupos. O problema não foi outro. Eram as negociações de balcão, a grosso e a granel. Um caso foi típico. Houve um deputado que tinha me apoiado, que tinha feito campanha para mim, que votou contra um projeto de interesse do governo, se não me engano, uma estrada vicinal ligando a cidade de Caraúbas ao seu então distrito de Janduís, onde havia somente uma vereda. Dias depois, o mesmo deputado participou de uma reunião no Palácio para tratar de outro assunto. Então eu lhe perguntei por que ele tinha votado contra a estrada de Caraúbas. A resposta me surpreendeu. A causa tinha sido o fato do secretário de educação ter confirmado a permanência de uma professora como diretora de um grupo [escola de primeiro grau] em sua região de atuação política. A professora tinha sido noiva de um primo dele e tinha rompido o compromisso.

Não eram incomuns fatos dessa natureza. Mas aprendi a lição. Daí para frente eu cultivei o hábito de ouvir os pedidos dos deputados, sempre que havia propostas importantes, de interesse Estado, em votação na Assembleia. Alguns pedidos eram consistentes, porém a maioria, a grande maioria, eram coisas esdrúxulas e outro até mesquinhos, como nomeação de delegados, de amigos para empregos e demissão, isso mesmo, de desafetos, mesmo que os atingidos apoiassem o governo. O problema se tornava maior quando eram os próprios dirigentes da Assembleia que faziam esses pedidos. Muitas vezes tive que os atendes para viabilizar os grandes projetos que visavam o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, como a modernização do ensino público, criar condições para o desenvolvimento econômico, levar água para as regiões mais secas, por exemplo”.
Reprodução

Conversando com Ministros

Os Tribunais de Contas dos Estados, como linha auxiliar do poder legislativo, tinham – e ainda têm – por objetivo a fiscalização das contas do Estado e de seus Municípios. O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte foi criado em 1957, pelo então governador Dinarte Mariz, no prenúncio da disputa pelo cargo de governador do Estado, tendo Djalma Marinho e Aluízio Alves como candidatos, o primeiro apoiado por Dinarte. Eleito governador, Aluízio relutou em ter suas contas fiscalizadas por uma corte composta por membros indicados por Dinarte Mariz, seu desafeto político. Essa nova disputa chegou ao Supremo Tribunal Federal, que decidiu pela legalidade do ato de Dinarte. Só assim foi que o Tribunal foi instalado, em 1961, logo no início do ser mandato.

Indagado sobre esse imbróglio, Aluízio o explicou da seguinte maneira:

“Na política do Rio Grande do Norte nada é absolutamente claro, tudo é difuso, tudo tem diversas interpretações, fato que às vezes torna as versões mais importantes que os fatos. Se hoje ainda é assim, imagine nos anos sessenta do século passado. E esse foi o caso do Tribunal de Contas. A versão que então corria – e que ninguém desmentia – era que o objetivo de Dinarte era dificultar as ações do meu governo. Tanto seria possível ser essa a verdade era que o tribunal foi criado em 1957, mas somente seria instalado no governo seguinte. Nada tinha contra os seus integrantes, contra seus ministros [na época os atuais conselheiros eram chamados de ministros]. Porém não desejava e nem queria ser a Joana D’Arc dessa história.

O apaziguamento dos ânimos deu-se pela atuação de dois ministros, que se destacaram no esforço de me convencer da imparcialidade que ira nortear os trabalhos do Tribunal: Mota Neto e Romildo Gurgel. Mota Neto era uma pessoa tremendamente extrovertida e com uma incrível capacidade de convencimento. Motinha era do PSD, partido pelo qual fui eleito, porém tinha aberto uma dissidência que apoiava meu adversário, que tinha como candidato a vice-governador seu conterrâneo Vingt Rosado. Mais tarde ele me disse que essa foi um das suas coerências de mossoroense. Depois houve uma estreita aproximação política entre nós, o que nos levou, inclusive a sermos amigos. O outro, Romildo Gurgel, era um articulador nato que atuou entre as lideranças do poder Executivo e Legislativo. Enquanto Motinha se aproximava e me envolvia com seu jeito aparentemente despreocupado de ser, Romildo atuava se empenhando em fazer uma costura de trato político. Era impressionante como eles se moviam nesse jogo de cena muito bem orquestrado e afinados entre si. Nisso eles foram obstinados e convenceram a todos nós da imparcialidade política que imperaria no Tribunal de Contas. No final todos tivemos êxito. Tanto é assim que, além de instalar o Tribunal, foi no meu governo que ele ganhou novas instalações, inclusive ocupando uma segunda sede, com condições mais adequada para abrigar sua estrutura e realizar sua missão”.

Conversando com Magistrados

Nas sociedades primitivas existia a ordem discricionária, imposta pela força. Depois o costume, a prática frequente, a repetição da mesma ordem, a procedência deu lugar ao direito consuetudinário. Ambas não tinham nenhum sentido democrático. Atualmente a ordem se obtém pelo império das leis, fato que o distingue das situações que anteriormente eram usuais.

Esse novo sentido deu um papel bem peculiar ao Poder Judiciário, no âmbito da governabilidade. Nas disputas entre poderes, é o Judiciário – com suas diversas áreas de atuação e de circunscrição – que zela pela aplicação das normas legais. O Poder Judiciário é o arbitro que dirime as contendas dos dois outros poderes, o Executivo e o Legislativo e tem, ainda, a função de decidir as questões entre o Executivo ou Legislativo, contra o próprio Judiciário. Por isso é que se espera que ele seja exercido com a autoridade jurisdicional que lhe é própria, total autonomia e imparcialidade inquestionável. Todavia esse ideal só é obtido com a prática constante do estado democrático de direito. Quando a democracia não existe ou mesmo é incipiente, esse ideal pode ser aviltado, enxovalhado.

Problemas com a justiça todos os Executivos têm. O grande problema é quando há deterioração do relacionamento, quando a harmonia se esgarça e prejudica o funcionamento pleno e independente desses dois poderes, o Executivo e o Judiciário. No governo de Aluízio Alves ocorreram divergências, posicionamentos diferentes, que poderiam ter comprometido o perfeito funcionamento do estado democrático de direito. Falando sobre esses fatos, assim se posicionou o ex-governador:

“Durante toda minha carreira política, as minhas atitudes raramente foram de neutralidade, sempre fui a favor ou contra. Posso ter errar, e errei muitas vezes, porém não por omissão. Assim foi que agi, com relação à Justiça, durante toda a minha vida, até por coerência e respeito à minha formação acadêmica. Sempre tive por lema que, em um estado democrático de direito, se pode discordar das decisões da Justiça, mas se deve acata-las e, mais que isso, se deve cumpri-las. O problema acontece quando as decisões são equivocadas. Mesmo assim (repito, em um estado democrático de direito) elas devem ser honradas, obedecidas – o que é bem diferente nos estados de exceção, nas ditaduras, situação oposta ao estado de direito.

Saindo do campo teórico, vamos voltar ao mundo real. Vamos falar das relações do meu governo com o Poder Judiciário. Há um adágio, um provérbio popular, que circula entre advogados e até entre os magistrados, que diz que alguns juízes pensam que são deuses e que alguns magistrados têm certeza que são. Se hoje se diz assim, imagine como era no meado do século passado. Certamente que não todos, porém alguns juízes insinuavam favores em troca de uma decisão favorável ao Estado, mesmo que o Estado houvesse observado toda a legislação e todas as normas legais referentes aos processos que eles estavam julgando. Sempre procurei explicações para isso, até que um dos meus secretários, não me lembro qual deles, me alertou para o fato de que esses mesmos juízes eram oriundos de famílias que se dedicavam à política partidária em seus Municípios”.

E quanto ao Tribunal de Justiça do Estado? Perguntei. A resposta de Aluízio foi surpreendente, no seu final:

“Para o filosofo inglês Thomas  Hobbes [novamente Aluízio consultou um dos livros que estava lendo na ocasião], a justiça é um valor intrínseco do ser urbano, civilizado. É o que deu razão à criação e o que dá sustentação à existência do Estado. Com seu papel de mediadora política, exerce a função de encontrar soluções para os desacordos entre os vários órgãos do aparato estatal, visando à estabilidade nas suas relações. Esse conceito sobre a justiça exige, entre outras coisas, que seus procedimentos sejam envoltos em garantias que vão além da lisura processual. Exige, também, lisura pessoal dos julgadores. Somente assim se tem um arcabouço jurídico que respeita e justifica seus objetivos.

Quando assumi o governo ainda havia muitas mágoas remanescentes da campanha. Afinal até pouco tempo antes eu fazia parte da UDN, que no Rio Grande do Norte era comandada por Dinarte Mariz e muitos desembargadores eram e continuavam sendo extremamente ligados a ele. Então entre esses magistrado criou-se um clima anti-Aluízio, ambiente no qual germinou e cresceu uma ala (se assim se pode chamar) organizada que atuava contra mim e, por decorrência, contra os interesses do meu governo. Esse foi um caso bastante estressante e desconcertante, que levou a que se cometessem excessos de ambos os lados.

Em determinada ocasião, eu necessitei de uma decisão ou parecer do Tribunal (não me lembro bem qual era) que repercutia profundamente na economia do Estado. Na mesma ocasião em que recebi a decisão da Corte Judiciária, que era contraria as pretensões do governo, recebi também um oficio do mesmo Tribunal pedindo a liberação de verbas para pintar seu prédio. O meu despacho no processo foi dado por escrito e formulado em clima de revide, e foi mais ou menos assim: ‘já que não posso limpar por dentro, vamos pintar por fora’. Confesso que foi uma impropriedade, um ato não político. Hoje eu teria sido mais sensato e não o faria nesses termos.

Porém o marcante era o paradoxo dos fatos. A origem de todos esses atritos entre o governo do Estado e o Tribunal de Justiça era um posicionamento tomado a priori por aquela ala contrária ao meu governo, melhor dizendo, contrária a pessoa de Aluízio Alves. Ora, os desembargadores que se alinhavam a Dinarte quase que controlavam o Tribunal, descaracterizando-o como corte de justiça. Embora abstrato, o termo justiça é perfeitamente entendido por todos como aquilo que é justo, que está em conformidade com as leis. E não aquilo que é submisso aos interesses dos julgadores”. 

Parnamirim tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do RN.


O município de Parnamirim ocupa o 1º lugar no ranking potiguar do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), publicado nesta segunda-feira (29). Com esse índice em 0.766, o IDHM da cidade foi classificado como "alto" pelo estudo elaborado pelo IPEA, PNUD e Fundação João Pinheiro. Além de Parnamirim, mais três município do Rio Grande do Norte tiveram o IDHM considerado alto: Natal (0.763), Mossoró (0.720) e Caicó (0.710).
Emanuel AmaralNo ranking nacional, Parnamirim ficou em 174º lugarNo ranking nacional, Parnamirim ficou em 174º lugar

O índice mede o desenvolvimento das cidades brasileiras em três critérios: educação, renda e longevidade. O cálculo é feito analisando a expectativa de vida ao nascer, a escolaridade da população adulta, o fluxo escolar da população jovem e a renda per capita.

No ranking de todos os municípios brasileiros, o RN só aparece na posição 274, com Parnamirim. O melhor resultado ficou com São Caetano do Sul, que teve seu IDHM classificado como “muito alto”, com 0.862.

Na classificação dos estados e do Distrito Federal, o RN ocupa o 15º lugar, com o IDHM em 0.684, considerado médio pela análise, enquanto o Distrito Federal obteve o índice 0.824, o único classificado como "muito alto" no estudo. De acordo com Marco Aurélio Costa, coordenador do IPEA, responsável pela elaboração do IDHM, em parceria com o PNUD e a Fundação João Pinheiro, o Norte e o Nordeste tiveram o avanço maior, porém ainda ficam atrás das outras regiões.

Menino de nove anos é apreendido por assalto a ônibus em Mãe Luíza.


Na manhã desta segunda-feira (29), mais um assalto a ônibus foi registrado em Natal. Um veículo da linha 33A foi o alvo de dois adolescentes que, armados com uma faca, renderam motorista e cobrador e efetuaram o crime. Um adolescente de 17 anos e um menino de nove anos foram apreendidos.

Os dois jovens subiram no ônibus próximo ao Palácio dos Esportes, em Petrópolis. Porém, o crime só ocorreu no bairro de Mãe Luíza. O adolescente de 17 anos usou uma faca para render o cobrador, enquanto o menino de nove anos recolheu o apurado. Segundo a Polícia, o motorista também teria sido vítima, com objetos roubados pelos infratores antes de desembarcarem do ônibus.

Porém, quando os dois seguiam pela rua João 23, um policial militar que estava de folga e passava pelo local percebeu a ação e deteve os dois menores. Uma viatura foi acionada e ambos foram levados à Delegacia Especializada em Atendimento ao Adolescente Infrator (DEA).

O adolescente de 17 anos já teve passagem pela polícia, também por furto. O Ministério Público vai analisar a possibilidade de pedir a internação do adolescente. Já o menino de nove anos será liberado, porque não está prevista pena de privação de liberdade a menor de 12 anos de idade.

Primeiro mês de seleção do Mais Médicos tem adesão de 3.511 municípios.



Conjunto de cidades solicitou a contratação de 15.460 médicos para atuar em suas unidades básicas; Entre brasileiros e estrangeiros, 18.450 médicos se inscreveram no programa
O programa Mais Médicos para o Brasil encerrou, à meia-noite de quinta-feira (25), seu primeiro mês de inscrições com a adesão de 3.511 municípios, que equivalem a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das consideradas prioritárias para o programa. Juntas, estas cidades apresentaram demanda e capacidade para terem 15.460 médicos atuando na atenção básica. O segundo mês de adesão terá início no dia 15 de agosto.
Entre os municípios inscritos, 92% já acessaram recursos federais para melhorar a infraestrutura das suas unidades básicas de saúde e 90% participam de ações do Ministério da Saúde para melhorar a qualidade do atendimento prestado.
Confira a apresentação.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, agradeceu a forte mobilização de estados e municípios, em especial daqueles situados em áreas prioritárias. “Chamo a atenção para o fato de que nenhuma região teve índice de adesão menor do que 55%. Em especial, destaco o bom resultado do Norte do país: o Amazonas chegou a 97% e o Amapá a 94% de adesão. Com esse mapeamento, teremos mais clareza do esforço que teremos que fazer para atender à população onde faltam médicos no Brasil”, declarou o ministro.
Padilha destacou ainda o aumento da demanda por médicos no país do início do ano para cá. “Não só faltam médicos na atenção básica como cresceu a demanda. Pela chamada do Provab, realizada no início do ano, tínhamos 9 mil vagas. Em 15 dias de inscrições no programa, os municípios mostram que há mais de 15 mil vagas. Ou seja, os dados da adesão mostram que faltam médicos no Brasil e que a carência desses profissionais aumentou desde o início do ano”.
A região Norte teve a maior participação de seus municípios (73%), seguida de Sul (68%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (60%) e Sudeste (55%). Entre os estados, destacam-se o Amazonas (97%), Amapá (94%), Acre (86%), Rondônia (85%), Ceará (82%), Roraima (80%), Bahia (76%), Piauí (74%), Pará (73%), Paraná (72%) e Espírito Santo (71%).
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Segets), Mozart Sales, elogiou o resultado do primeiro mês de seleção do Mais Médicos. “Estamos muito satisfeitos com o andamento do processo. O resultado demonstrou que nossa análise estava correta, porque a adesão dos municípios prioritários foi extremamente significativa”, afirmou.
Todos os profissionais serão avaliados e supervisionados por universidades federais. Nesta primeira etapa, 41 instituições, de todas as regiões do País, se inscreveram no Mais Médicos.
MÉDICOS - Desde o lançamento do edital, em nove de julho, 18.450 médicos se inscreveram no programa. Neste universo, os filtros estabelecidos pelo Ministério da Saúde para evitar inscrições de quem não tinha real interesse em atender a população de municípios do interior e da periferia das grandes cidades identificaram 8.307 pedidos de participação com números inválidos de registro em conselhos regionais de Medicina (CRMs).
Também foi apontada a inscrição de 1.270 médicos residentes, que terão de formalizar o desligamento de seus programas de especialização antes de homologar sua participação no Mais Médicos.
Todos os médicos brasileiros têm até a meia-noite de domingo para sanar eventuais inconsistências e concluir, por meio do portal www.saude.gov.br, a entrega de documentos. Eles também terão de indicar seis opções de cidades, entre as 3.511 participantes, onde desejam trabalhar.
Nesta lista, eles apontarão, em ordem de preferência, uma opção entre cada dos seguintes grupos: capital; município de região metropolitana; bloco de 100 municípios mais populosos e de maior vulnerabilidade social; cidades cujo índice de extrema pobreza supera 20% de sua população; e distritos sanitários indígenas. A sexta opção estrará entre as cidades que não estão nestes perfis.
Como definido desde o lançamento do Mais Médicos, os brasileiros terão prioridade no preenchimentos dos postos apontados. Os remanescentes serão oferecidos a primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros. Entre os 18.450 profissionais inscritos, 1.920 se formaram no exterior, em 61 países distintos.
Em 1º de agosto, será divulgada a relação de médicos com CRM válido no Brasil e a indicação do município designado para cada profissional. Os profissionais terão de homologar a participação e assinar um termo de compromisso até três de agosto. Dois dias depois, as escolhas serão publicadas no Diário Oficial da União.
SOBRE O PROGRAMA - Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades.
Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa.
O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.
 

Ferrari puxa orelha de Alonso: 'Hora de evitar polêmica e ter humildade'.


Críticas do espanhol após GP da Hungria não caem bem em Maranello e escuderia expõe teor de séria conversa de Montezemolo com o bicampeão


Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari (Foto: Getty Images)Montezemolo, presidente da Ferrari (Foto: Getty)
Fernando Alonso completa 32 anos nesta segunda-feira. Mas no lugar do presente, recebeu foi uma baita “puxão de orelha” do chefe da Ferrari, Luca di Montezemolo. As críticas do espanhol à equipe após mais um decepcionante fim de semana da equipe vermelha, dessa vez na Hungria, não caíram bem em Maranello. Tanto que nesta segunda-feira o time expôs publicamente o descontentamento do mandatário com o comportamento do bicampeão, deixando evidente que o clima não é dos melhores. Em um comunicado no site oficial, a escuderia escreveu que “não é o momento de achar responsáveis por essa ou aquela decisão” e lembrou que é ainda é possível reagir “porque ainda há nove GPs a disputar”. Também alertou que não é hora de “ceder a explosões precipitadas que, embora compreensíveis após um resultado ruim, não são úteis para ninguém”. Em seguida, revelou que em na reunião na sede da equipe, ao dar os parabéns pelo aniversário de Alonso, Montezemolo mandou o recado:
- Todos os grandes campeões que pilotaram pela Ferrari sempre foram solicitados a colocar os interesses da equipe acima dos seus. Este é o momento de manter a calma, evitar polêmicas e mostrar humildade e determinação para dar sua contribuição, estando junto do time e dos membros, dentro e fora da pista – disse Montezemolo a Alonso.
Depois de fazer uma corrida discreta e chegar em quinto lugar em Hungaroring, o bicampeão desabafou e criticou a falta de reação da Ferrari diante do crescimento das rivais, alfinetando com acidez os desenvolvedores dos carros.
- A superioridade da RBR agora é esmagadora, e ainda tem Lotus e Mercedes. Se a Ferrari encontrar peças e eu ganhar três ou quatro corridas, terei chances. Do contrário, será um milagre lutar pelo título do campeonato. Só poderei me divertir – foi uma das declarações do piloto.
Fernando Alonso caminha no paddock em Hungaroring (Foto: Getty Images)Clima não é dos melhores na Ferrari (Foto: Getty Images)
Polêmica ligação com RBR
Para piorar o clima, neste fim de semana Alonso se viu no meio de uma grande polêmica. Seu empresário Luis Garcia Abad foi visto conversado em particular com o chefe da RBR, Christian Horner. Especula-se que, insatisfeito com a Ferrari, o espanhol esteja de olho na vaga que será aberta em 2014 com a saída de Mark Webber no fim deste ano.
Montezemolo pede ‘faca nos dentes’
A escuderia também destacou que Montezemolo tem feito o máximo para garantir que o time tenha apoio e recursos suficientes para continuar na briga pela taça, e citou a oficialização da contratação de James Allison, ex-Lotus, como diretor técnico. Na reunião, o presidente  também usou uma forma criativa para cobrar uma reação imediata do time. O site da escuderia descreveu o encontro:
- Como de costume, Montezemolo não mediu suas palavras ao pedir para a equipe subir de marcha. Cada um dos engenheiros ganhou de presente uma faca, juntamente com um convite – metafórico até certo ponto – dizendo para coloca-la entre os dentes ao pensar em como lidar com a segunda metade da temporada.
No fim do comunicado, a Ferrari afirmou que os novos tipos de pneus Pirelli (reforçados para evitar furos) não combinaram com os carros vermelhos. Segundo a equipe, após análises técnicas detalhadas, chegou-se a conclusão que os compostos acabaram alterando artificialmente a hierarquia esportiva das equipes
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Declaração do Papa Francisco sobre gays gera reações.

 

'Quem sou eu para julgar os gays, questionou-se o pontífice.
Para ativista gay, houve mudança de 'estilo', mas não de 'conteúdo'.


As declarações do Papa Francisco, que nesta segunda-feira (29) manifestou sua tolerância em relação aos homossexuais na Igreja Católica, ao questionar diante de jornalistas "Quem sou eu para julgar os gays?", geraram reações de militantes e representantes de organizações dos direitos dos homossexuais.
"Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?", afirmou o Papa durante a entrevista concedida aos jornalistas que o acompanhavam no voo de volta à Itália depois da visita de uma semana ao Brasil, surpreendendo boa parte dos vaticanistas presentes.
"As palavras pronunciadas pelo Papa são muito importantes do ponto de vista do estilo, porque, depois de tantos anos de insultos lançados pela Igreja Católica, se reconhece que não devem discriminar ou marginalizar essas pessoas", declarou Aurelio Mancuso, presidente do Equality Italia, católico e representante do movimento homossexual italiano.
O primeiro Papa latino-americano, que durante sua permanência no Brasil evitou falar de temas delicados como aborto e casamento gay, enfatizou em pleno voo que "o catecismo da Igreja Católica explica de forma muito bonita" o tema da homossexualidade.
"Diz que não se deve marginalizar estas pessoas por isso. É preciso integrá-las à sociedade", comentou Francisco.
"O problema não é que haja esta tendência, e sim a formação de um lobby. Esse é o assunto mais grave para mim", acrescentou o Papa ao responder a uma pergunta de um jornalista sobre as denúncias a respeito da existência de um lobby gay dentro do Vaticano.
Especialistas apontam para um grupo de pressão que estaria conspirando para ter acesso a cargos de poder.
"Nenhum lobby é bom", declarou o Papa ainda.
"O problema não é essa orientação. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lobby por essa orientação, ou lobbies de pessoas invejosas, lobbies políticos, lobbies maçônicos, tantos lobbies. Esse é o pior problema", enfatizou.
A pergunta feita ao Papa referia-se ao "escandaloso caso de amor" entre o monsenhor Battista Ricca, nomeado pelo Papa Francisco recentemente para um cargo estratégico no banco do Vaticano, e um capitão da guarda suíça, um caso do passado que, segundo Francisco, não era de seu conhecimento.
Amável e bem-humorado, Francisco respondeu às perguntas sem se esquivar, mas levando algum tempo para pensar bem em cada uma das respostas.
Para Mancuso, no entanto, a referência ao catecismo universal, que não condena a orientação homossexual e sim os atos homossexuais como pecaminosos, obriga os gays à castidade, "sem vida afetiva ou sexual".
"Nada de novo do Vaticano, apenas uma mudança de estilo. A substância continua sendo a mesma", lamentou.
A declaração de Francisco foi feita na primeira entrevista coletiva à imprensa desde que foi eleito em março ao trono de Pedro, e foi concedida depois de sua histórica visita ao Rio de Janeiro em ocasião da Jornada Mundial da Juventude
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