sábado, 29 de junho de 2013

O pastor vai às ruas . . .

Com exceção à Marcha Para Jesus, ele nunca havia frequentado uma manifestação. Não é ligado aos movimentos sociais organizados, não tem filiação partidária e torce o nariz para a ideologia do Movimento Passe Livre (MPL). Peterson Alves de Silva, 32 anos, tem perfil improvável para um agitador de protestos: é pastor em uma igreja evangélica, trabalha como analista de sistemas, nasceu e mora no Capão Redondo, bairro pobre na periferia de São Paulo.
Nas últimas semanas, ele liderou duas das maiores manifestações na periferia paulistana. A primeira reuniu 6 mil pessoas na sexta dia 21. Para a segunda, na quarta dia 26, havia 7 mil confirmações no Facebook, mas pouco mais de 300 jovens compareceram. Número significativo quando se considera que se tratava de uma noite chuvosa e que não houve mobilização de movimentos organizados.
Os participantes eram, em sua maioria, alunos de escolas públicas convidados pelos amigos do bairro. Peterson foi chamado por eles para entrar na organização quatro dias antes do primeiro ato, quando já havia quase 3 mil confirmados. Os jovens estavam determinados a fazer parte da onda que assistiam pela TV, mas queriam uma cara “séria” na organização. Um deles conhecia Peterson das oficinas culturais que ele realiza na igreja e nos CEUs, os Centros Educacionais Unificados. No vácuo de outras lideranças que atuam na região, mas não se engajaram no ato, Peterson assumiu o megafone da turma. “Eu não tinha experiência, mas aceitei ser empurrado para esse papel”.
Cuidadoso e carismático, ele tem um estilo bem diferente da maior parte dos líderes de protestos de rua que pipocam pelo Brasil. Escolhe palavras propositivas, não ataca partidos nem critica a burguesia. Peterson tenta adaptar, à mobilização de rua, a retórica adquirida na experiência como pastor.
No início da caminhada do segundo ato, antes de puxar o hino nacional, ele pediu que os meninos e meninas segurassem as mãos da pessoa ao lado e as levantassem para o alto. Os manifestantes cantaram o hino como quem faz uma oração. A cada quilômetro de caminhada, Peterson fazia uma “parada para reflexão”, quando falava sobre a importância dos jovens e do bairro. Em uma delas, pediu para o grupo sentar e repetir frases como: “nós temos história”, “nós vamos mudar o país”. Embora houvesse uma beleza no coro de vozes adolescentes entoando promessas de emancipação, o efeito era prejudicado pela hierarquia do grupo, que nesse momento lembrava a de uma sala de aula.
A idade média dos manifestantes variava entre 13 e 19 anos. Eles alternavam gritos de guerra a ataques de riso efusivos enquanto caminhavam pelas duas faixas da Estrada de Itapecerica, a principal via de ligação com a ponte que os separa da região central. “Eu passo horas nesse trânsito todo dia, nem acredito que tomamos a estrada. É uma sensação boa demais!”, disse uma menina de 14 anos, sorriso eufórico no rosto ao andar entre as fileiras de carros e ônibus parados.
As principais demandas dos adolescentes eram sobre educação, “respeito” e “união”. Quando indagados sobre quais eram os problemas que vivem no cotidiano, a reclamação era a escola. “A educação é um lixo” e “os professores faltam muito” foram as respostas campeãs de audiência.
A maior parte dos manifestantes aderia aos comandos de Peterson, mas havia exceções. Na frente do hospital público do Campo Limpo, ele pediu um minuto de silêncio e reflexão sobre “as pessoas que estão morrendo lá dentro”. Muitos ficaram introspectivos, alguns até se emocionaram. Outros não resistiram à vontade de continuar o papo.
Havia ainda um grupo de seis adolescentes que se apresentava como punks “contra o governo, a pátria e a péssima qualidade das escolas”. Esses discordavam de quase tudo que Peterson dizia. Ficavam especialmente irritados quando ele puxava o hino ou o grito que tem marcado as manifestações pelo Brasil: “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Carregavam uma faixa onde se lia “antifascista” e um cartaz escrito “a sua pátria não me representa”. Peterson temia que os grupos entrassem em choque. Mas, conversando, os jovens se entenderam ao longo do caminho e não houve problemas.
A excitação entre os manifestantes era intensa. Eles falavam alto e andavam em passos acelerados. De vez em quando Peterson tentava diminuir o ritmo, gritava ao megafone: “Segura aí pessoal!”. Sem sucesso, a juventude não sabe andar devagar.
Fazendo um paralelo com seus estudos religiosos, Peterson tenta entender a motivação dos jovens que saem às ruas do Capão e do país. Para ele, “entusiasmo” é a palavra que melhor traduz o atual estado de espírito das ruas. “É uma palavra que define o estado de pessoas que são motivadas por algo maior, uma causa profunda e eterna. Quando você desperta uma situação como essa que está acontecendo no país e ela se dissemina entre jovens entusiasmados, isso pode tomar proporção que não se prevê”.
Ele lembra da origem da palavra que, nas religiões da Antiguidade, significava um estado de exaltação de quem recebe uma inspiração divina. Mas não atribui caráter religioso aos protestos. “Eu seria arrogante em dizer que sei o que está acontecendo. Esse entendimento só a história vai nos dar”.
Peterson é aberto a novas ideias, considera-se um evangélico precoce para o seu tempo. No vídeo em que chamava as pessoas ao segundo ato, por exemplo, ele convida todos os grupos religiosos do bairro, inclusive católicos e umbandistas (as duas religiões são ligadas a entidades sociais importantes na região). Ele sabe que pode sofrer represálias por isso, mas não se arrepende. Ele pede para não identificar o nome de sua igreja nessa reportagem, pois seu engajamento nos protestos são uma iniciativa individual, não tem o apoio oficial da instituição.
Enquanto os jovens marchavam no Capão, um ato com número similar de pessoas ocupava a Avenida Paulista para protestar contra o deputado e pastor Marcos Feliciano, que propôs a votação de projeto de lei sobre tratamento psicológico para homossexuais. Pisando em ovos, Peterson se declara contrário à interferência da religião no estado. “Acho que essa é uma questão médica, a sociedade da categoria tem autonomia para decidir se deve haver tratamento ou não. Lamento que alguns queiram impor a doutrina fora da Igreja”.
Mas, afinal, qual seria sua opinião sobre uma das maiores polêmicas que divide a comunidade evangélica da sociedade moderna? Considera a homossexualidade como uma doença? Ele responde com cuidado: “Não tenho condições técnicas, do ponto de vista médico, para responder. E não posso falar do ponto de vista espiritual, pois não foi um tema em que aprofundei meus estudos como pastor. Mas acredito que o evangelho está sendo escrito no presente e não sabemos o que virá. Quem sabe um dia teremos um novo concílio? Quem sabe surjam novos evangelhos mais abertos e ricos sobre as maneiras de se relacionar com Deus e com os outros?”.
Peterson acredita que o país pode estar passando por uma profunda transformação em todas as esferas: política, social e espiritual. “Para mim, olhando a periferia, a mudança mais importante é no povo. As pessoas podem despertar sua visão para a política: do que é participar, criar grupos e fóruns para discutir os rumos do país”.
Apesar do foco na “mudança de consciência”, ele também negocia questões locais específicas. No dia do protesto, levou uma lista de demandas à subprefeitura. A estratégia, agora, é colher um abaixo-assinado para pedir união entre o governo estadual e o federal para construir a extensão do metrô do Capão até o Jardim Ângela – uma promessa antiga que nunca saiu do papel. Em breve, Peterson pretende bater na porta dos senadores paulistas em Brasília com o pedido. E já chamou outra manifestação para o dia 12 de julho.
Uma das dificuldades que o grupo enfrenta é a ausência de repercussão na mídia. Em dias diferentes, o Capão também foi palco de protestos organizados pelo MPL, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e grupo Periferia Ativa. Esses atos contaram com a cobertura da TV Globo, SBT, Bandeirantes, jornais e emissoras de rádio. Até o jornal britânico Financial Times cobriu o protesto. O ato pressionou o governador Geraldo Alckmin a atender duas demandas: redução da tarifa intermunicipal e aumento do bolsa aluguel. Já os protestos liderados por Peterson, embora reúnam quantidade similar ou superior de pessoas, não contaram com a presença de emissoras de TV, rádio ou jornal.
Enquanto descobre a vida de militante, Peterson alterna a nova rotina com o trabalho para sua carreira e para a Igreja. Nesse sábado, deve correr de uma reunião na subprefeitura direto para a Marcha para Jesus. Ele não recebe remuneração como pastor, seu sustento vem da prestação serviços como analista de sistemas autônomo.
No dia que lhe conheci, andamos do seu trabalho até a estação de trem. Depois de contar sobre a reunião que faria naquela mesma noite com os jovens do Capão, ele encolheu os braços e mergulhou no vagão lotado. Tão cheio que as janelas estavam embaçadas. A porta não fechou porque a ponta do seu sapato estava no trilho. Como não era possível dar um passo para trás, Peterson mudou o ângulo do pé, liberando a porta. E assim o líder partiu: corpo espremido pelos problemas do presente, cabeça fervilhando com as mudanças que aspira para o futuro.

TSE vê viabilidade de consulta pública.



Brasília. A pedido da presidente Dilma Rousseff, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está fazendo um estudo sobre a viabilidade e os custos da realização de um plebiscito para discutir reforma política em todo o país. Os técnicos do Tribunal usam duas cifras para estimar o custo: R$ 252 milhões e R$ 395 milhões. O primeiro valor foi atualizado em 2010 e refere-se ao gasto com o referendo do desarmamento, realizado em 2005. O segundo valor é o das eleições municipais do ano passado.


A presidente do TSE, Cármen Lúcia, recebeu de Dilma Rousseff o pedido de plebiscito no início da semana


Se a consulta à população for realizada junto com as eleições de 2014, o decreto do plebiscito deve estar aprovado até outubro deste ano, um ano antes da votação, como determina a Constituição Federal. 


O pedido de Dilma foi feito no início da semana, por telefone, à presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia. O Palácio do Planalto espera uma resposta neste fim de semana.


Com base na estimativa de prazo e orçamento, o governo vai elaborar um calendário referente ao plebiscito. O governo quer enviar até a próxima terça-feira uma mensagem ao Congresso Nacional propondo o plebiscito. Para ser realizada, a proposta deve ser aprovada em votação conjunta do Congresso Nacional. 


O último plebiscito realizado no Brasil foi em 2011, quando apenas os eleitores do Pará votaram na proposta de desmembrar o estado. O custo foi de R$ 19 milhões. Como foi realizado em apenas uma unidade da federação, o caso não pode ser comparado com o plebiscito proposto por Dilma.


Em 2005, havia 122 milhões de eleitores - ou seja, cada voto no referendo do desarmamento custou R$ 2,07 aos cofres públicos, em valores atualizados para 2010.

Para brasileiros, feio é não vencer.


Alguns jogadores da Seleção Brasileira consideraram positivas as dificuldades encontradas para vencer o Uruguai por 2 a 1, na quarta-feira, e avançar à final da Copa das Confederações. Para eles, o time está mais maduro para decidir do torneio o título com a campeã mundial Espanha amanhã, no Maracanã.
jefferson bernardes/vipcommO ala Marcelo foi um dos defensores do futebol de resultadosO ala Marcelo foi um dos defensores do futebol de resultados

“A gente mostrou ao mundo que sabe jogar feio, sofrer, dar carrinho... Foi à base da porrada que chegamos à final da Copa das Confederações. Mostramos o nosso valor”, comemorou o lateral esquerdo Marcelo, lembrando que ainda resta uma partida para a Seleção concluir o seu objetivo na competição.

O zagueiro David Luiz traz no seu corpo as marcas do sofrimento na busca pelos resultados positivos. O jogador fraturou o nariz (que continua inchado) e sofreu uma forte pancada na coxa (ainda dolorida) na fase de grupos da Copa das Confederações. Na semifinal, falhou ao cometer pênalti no uruguaio Diego Lugano, mas recorreu ao mesmo discurso de Marcelo.

“Valeu a pena ter sofrido, pois reviveremos essa situação no futuro. Devemos aprender a jogar assim algumas vezes, absorvendo a pressão. É natural que o nosso time também deva saber sofrer”, disse David Luiz, satisfeito. “O grupo está se fortalecendo mais a cada dia. Só acho difícil dar uma nota para isso, até porque a gente não ganhou nada ainda. Mas já somos uma equipe jovem e madura, que está criando uma identidade boa.”

A evolução da Seleção Brasileira será colocada à prova contra a Espanha. Mesmo respeitando os atuais campeões mundiais, a meta dos comandados de Luiz Felipe Scolari é minimizar o sofrimento da partida passada.

“O Uruguai joga no limite da regra, catimbando muito, e nós também fizemos um jogo mais feio. Mas devemos aprender com os erros, já que uma decisão exige um pouco mais da equipe. Sabemos que o rival é qualificado e pode fazer o gol se tiver uma mínima ocasião”, alertou o lateral direito Daniel Alves, com a experiência de quem atua na Espanha, pelo Barcelona.

Luiz Gustavo

Independente de como a seleção decidir se postar em campo, Luiz Gustavo deve ter papel importante na contenção de duas das principais peças do adversário: os meias Xavi e Iniesta, maiores responsáveis pela armação de jogadas da equipe. A responsabilidade não assusta o volante, que já precisou seguir de perto os dois jogadores em duelos do Bayern de Munique contra o Barcelona.

“A forma de pará-los é difícil falar. Vou me preparar bem. Tive a oportunidade de jogar com eles, sei a dificuldade, mas sei que posso marcá-los e ajudar nossa equipe. São dois bons jogadores, que têm respeito muito grande no mundo todo, então todo cuidado é pouco. O Xavi distribui um pouco mais, enquanto o Iniesta faz mais jogadas individuais”, analisou Luiz Gustavo. 

Hamilton domina e será o pole na Inglaterra; Massa decepciona.


Favorita após os ótimos resultados apresentados nos treinos livres, a Mercedes confirmou o bom desempenho e terá seus dois pilotos largando nas primeiras colocações em Silverstone, no GP da Inglaterra. Neste sábado (29), Lewis Hamilton foi o mais rápido no classificatório e garantiu a pole ao cravar 1min29s607. Na segunda colocação, ficou Nico Rosberg, 0s452 mais lento do que o companheiro.
Hamilton dominou treino livre
Enquanto isso, Felipe Massa, mais uma vez, não teve um bom desempenho e largará apenas na 12ª colocação. O brasileiro conseguiu se classificar no sufoco para o Q2, alcançando o tempo que o garantiu entre os que avançaram já com o cronometro zerado, no entanto, ele não teve a mesma sorte na sequência e não avançou ao Q3.

Confira o grid:

1 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1m29s607
2 - Nico Rosberg  (ALE/Mercedes) - 1m30s059 - a 0s452s
3 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1m30s211 - a 0s604s
4 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m30s220 - a 0s613s
5 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m30s736 - a 1s129s
6 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m30s757 - a 1s150s
7 - Adrian Sutil  (ALE/Force India) - 1m30s908 - a 1s301s
8 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m30s955 - a 1s348s
9 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1m30s962 - a 1s355s
10 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m30s979 - a 1s372s

Aprovação de Dilma cai de 57% para 30% em três semanas, aponta pesquisa.


Publicação: 29 de Junho de 2013 às 10:19

A avaliação da presidente Dilma Rousseff caiu 27% em três semanas. É o que aponta a pesquisa do Instituto Datafolha, finalizada ontem (28) e divulgada hoje (29). Os números apontam que 30% dos brasileiros aprovam a gestão da petista.
Dilma diz que governo vai subsidiar passagens em voos regionais
Segundo o instituto de pesquisa, a queda da avaliação da presidente desde o ex-presidente Fernando Collor, que entre março e junho de 1990 saiu dos 71% de avaliação positiva para 36%. No caso de Dilma, a aprovação saiu dos 65%, em março, para os atuais 30%.

A queda mais acentuada ocorreu após as manifestações populares pelo Brasil. Em três semanas, a aprovação do mandato da presidente da República caiu 27%, saindo dos 57% para 30%. Dentro da margem de erro, esta é a pior avaliação do Governo Federal desde que o PT assumiu a gestão, em 2003.

Em dezembro de 2005, quando estourou o escândalo do Mensalão, a aprovação do presidente Lula chegou aos 28%, número melhor do que o pior momento de avaliação do Governo de Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, que chegou a ser aprovado por apenas 13% da população, em setembro de 1999.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Red Bull anuncia nomes de pilotos para testes de novatos em Silverstone.


Com saída de Mark Webber (foto), jovens entram na lista de postulantes para ocupar vaga Foto: AP
Com saída de Mark Webber (foto), jovens entram na lista de postulantes para ocupar vaga
Foto: AP
Red Bull anunciou, nesta sexta-feira, que o espanhol Carlos Sainz Jr. e o português António Félix da Costa representarão a equipe no teste de jovens pilotos, que será realizado entre os dias 17 a 19 de julho, em Silverstone, na Inglaterra. De acordo com a escuderia, Félix guiará o RB9 em duas ocasiões, no dia 17 a 18, enquanto Sainz fechará as atividades e ocupará o cockpit somente no dia 19.
F1: Dê uma volta virtual no circuito de SilverstoneClique no link para iniciar o vídeo
F1: Dê uma volta virtual no circuito de Silverstone
Com o anúncio sendo feito um dia após a confirmação da saída de Mark Webber no final da temporada, já começaram os rumores sobre o provável substituto do veterano. Se a Red Bull optar por promoveer um dos pilotos da Toro Rosso, Félix é o mais cotado para ir à equipe de Faenza.
Aos 21 anos, Félix da Costa é mais experiente do que o atual companheiro. Em 2012, o piloto já atuou no teste de jovens pilotos com a montadora. Além da experiência na atividade, ele tem passagens pela GP3 e pela Fórmula 3. Grande aposta da Red Bull, Félix já foi piloto reserva de Mark Webber e Sebastian Vettel, tendo substituído o atual suplente Sébastien Buemi.
Enquanto isso, Sainz Jr. fará sua estreia na Fórmula 1. Aos 18 anos, atualmente, o jovem piloto compete na GP3. Parte do programa Red Bull Junior Team, o espanhol recebe apoio da equipe desde 2010 e pela primeira vez terá a chances de guiar na principal categoria do automobilismo mundial.

'A Fazenda': "nunca me arrependi tanto", diz Andressa sobre jogador.



Andressa Urach voltou a falar de seu suposto caso com o  jogador português Cristiano Ronaldo na madrugada desta sexta-feira (28), em A Fazenda. O assunto surgiu porque Gominho disse que opinou em sua rede social sobre o possível envolvimento e foi muito criticado.
"Eu disse que todo mundo pode fazer o que quiser para ser famoso. Não matando nem roubando, tudo é válido e aí eu fui mal interpretado".
Andressa aproveitou para se mostrar magoada com a repercussão do fato. "Eu nunca me arrependi tanto. Só me trouxe coisas ruins", afirmou. 
Andressa Urach protagonizou um dos primeiros banhos de 'A Fazenda'. A loira usou um biquíni pequeno e exibiu suas curvas Foto: TV Record / Reprodução
Andressa Urach protagonizou um dos primeiros banhos de 'A Fazenda'. A loira usou um biquíni pequeno e exibiu suas curvas
Foto: TV Record / Reprodução

Relatório parcial do Mutirão Carcerário mostra superlotação e falta de higiene no RN.




Superlotação e más condições de higiene foram as principais irregularidades encontradas no sistema prisional do Rio Grande do Norte pelo Mutirão Carcerário realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os dados parciais da inspeção em 20 unidades prisionais do estado foram apresentados nesta quinta-feira (27) pelo conselheiro Guilherme Calmon, supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socieducativas (DMF).


As inspeções foram realizadas entre os dias 2 de abril e 3 de maio deste ano. Durante o mutirão foram analisados 6.551 processos, sendo 4.585 de condenados e 1.966 de provisórios, com a concessão de 732 benefícios.

De acordo com o conselheiro, a superlotação é preocupante e somente no polo de Natal o déficit de vagas chega a 43%, com 1.037 presos excedentes. Além disso, destacou o conselheiro, as informações da Secretaria de Justiça e da Cidadania do estado são imprecisas e não separam os presos provisórios dos definitivos.


Segundo Calmon, há disparidade muito grande entre o crescimento da população carcerária e o de servidores que atuam nas unidades prisionais do Rio Grande do Norte. Nos últimos 10 anos, houve aumento de quase 400% no número de presos e, no mesmo período, a quantidade de agentes penitenciários cresceu apenas 70%.

Esgoto aberto 


Calmon destacou as condições insalubres a que são submetidos os presos no estado com celas sujas, escuras, com mau cheiro e a existência de esgoto a céu aberto em frente às carceragens. "Fato gravíssimo é o racionamento e até mesmo a total falta de água nas unidades", completou o conselheiro.

A equipe do DMF registrou ainda a falta de assistência médica aos presos e os problemas na alimentação. "As unidades só fornecem alimentação e, muitas vezes, de péssima qualidade; poucos medicamentos", ressaltou Calmon. E, além disso, segundo o conselheiro, a administração das unidades é feita de forma amadora e improvisada. "Muitos diretores não possuem sequer ensino médio ou conhecimento legal sobre o funcionamento dos estabelecimentos prisionais". Nas delegacias, além da falta de alimentação, que fica sob a responsabilidade das famílias dos detentos, os presos denunciam maus-tratos, torturas e corrupção.



Só Jesus salva a Espanha.


São Paulo (AE) - O jogo que o mundo esperava para ver vai acontecer no próximo domingo, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Ontem, a Espanha se garantiu na final da Copa das Confederações contra o Brasil ao passar pela Itália em um jogo técnico e bastante equilibrado na Arena Castelão, em Fortaleza. Os dois rivais europeus empataram em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação e a vitória espanhola veio nos pênaltis, por 7 a 6. Só Bonucci errou a batida. Jesus Navas converteu o gol decisivo.
marcelo machado de melo/estadão conteúdoDepois da cobrança decisiva, Jesus Navas partiu para comemorar com os seus companheirosDepois da cobrança decisiva, Jesus Navas partiu para comemorar com os seus companheiros

O primeiro tempo foi todo da Itália, que criou diversas boas chances de gol, apesar de a Espanha ter tido mais posse de bola. Na segunda etapa, quando ambos já demonstravam muito cansaço e o jogo caiu bastante de qualidade, aconteceu o contrário: os italianos tiveram a bola por mais tempo, mas foram os espanhóis que se arriscaram mais no ataque. Na prorrogação, com mais fôlego, a atual campeã do mundo foi mais perigosa e criou pelo menos quatro chances reais de gol. Na melhor delas, Buffon errou e o chute de Xavi parou na trave. Logo no comecinho do tempo extra, Giaccherini também havia carimbado o poste. A Espanha terá apenas 72 horas para descansar antes da final.

O jogo

Os primeiros dois minutos de partida enganaram. A Espanha deu a saída de bola, chegou duas vezes ao ataque, arriscou um chute a gol com Pedro e enquanto isso a Itália deu apenas três míseros toques na bola. Mas o que se viu a partir dali foi um jogo bastante diferente do esperado. Não que a Espanha não tivesse a posse de bola na maior parte do tempo (ao fim do primeiro tempo eram 62%), mas a Itália soube jogar muito melhor na base do contra-ataque e perdeu as melhores chances

Prorrogação

Depois de 10 minutos de descanso, os jogadores dos dois times voltaram com outra disposição para o tempo extra. Logo aos 2, a Itália acertou a trave de Casillas com Giaccherini Candreva criou a jogada pela direita e cruzou para Giovinco, que foi travado por Piqué. A bola sobrou para o lateral, que chutou muito forte. O goleiro só assistiu a trave balançar.

A Espanha respondeu rápido, mas viu as melhores chances caírem nos pés dos seus defensores. Duas das oportunidades foram de Piqué.  Quando a bola caiu em Sergio Ramos, o defensor demorou a perceber e acabou errando. Na única jogada genial de Iniesta no jogo, Alba também mandou por cima do travessão.

Depois de mais 110 minutos de futebol, os espanhóis tinham mais fôlego. E criaram chances melhores. No último ataque, quando a torcida (o tempo todo do lado da Itália) já pedia o fim do jogo, a Espanha quase fez. Em um contra-ataque quatro contra três, Navas rolou para Martínez, mas o volante tentou fazer de placa e furou.

Pênaltis

Candreva começou as cobranças tentando desmoralizar os espanhóis, marcando numa belíssima cavadinha. Xavi não se desequilibrou e fez 1 a 1. Casillas acertou o lado, mas não pegou a cobrança de Aquilani. Buffon também pulou no canto certo, mas não é fácil pegar a batida de Iniesta.

De Rossi bateu muito bem, no ângulo, mas Piqué fez a alegria da esposa Shakira, que estava na arquibancada, e deixou tudo igual de novo. Casillas nem se mexeu e Giovinco colocou no canto direito. Sergio Ramos também fez a parte dele, deixando tudo em 4 a 4. Quando a pressão começou a ficar maior e um erro seria fatal, Pirlo foi frio para fazer 5 a 4. Mas Mata também foi, empatando o jogo. Montolivo seguiu o padrão e colocou no canto direito de Casillas. Busquets, no esquerdo de Buffon.

Até a 13ª batida, todos os cobradores haviam tido tranquilidade. Bonucci foi o responsável por fugir à regra. Bateu alto demais, para fora. Aí a responsabilidade ficou para Jesus Navas, que bateu no canto direito e fez 7 a 6.

Fernando Henrique na Academia.


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso confirmou seu favoritismo e foi eleito nesta quinta-feira à tarde para a cadeira de nº 36 da Academia Brasileira de Letras, ocupada antes pelo jornalista João de Scantimburgo, que morreu em março.

A eleição aconteceu na sede da ABL, no Rio, e Fernando Henrique conseguiu 34 dos 39 votos possíveis - 24 acadêmicos votaram em pessoa e outros 14, por carta. Houve uma abstenção. Após oficializada a vitória, o ex-presidente comemorou com amigos na Fundação Eva Klabin, na Lagoa, zona sul do Rio.

“Resisti alguns anos à sugestão de vários amigos para me apresentar à ABL. Primeiro, porque não sou propriamente o que se denomina de um ‘homem de letras’”, escreveu ele, em sua página no Facebook. “Segundo, porque temia que pudesse haver confusão entre minha produção intelectual e minhas posições políticas. Ao saber, porém, que desde sua fundação a Academia contemplava intelectuais em geral, e não apenas escritores, e tendo também passado mais de dez anos fora de cargos públicos, sem mais aspirar a nenhum deles, arrisquei submeter meu nome à apreciação dos acadêmicos.”

No mesmo texto, Fernando Henrique comenta a honraria desta quinta. “Eleito, só me resta agradecer a generosidade dos que hoje me recebem como companheiro, reafirmando minha satisfação e meu desejo de ajudá-los no esforço para que a ABL continue cumprindo os desígnios de seus fundadores, primeiros ocupantes de cadeiras, dentre os quais Machado de Assis, Ruy Barbosa e Joaquim Nabuco.”

“Essa eleição é um ato de respeito da Academia Brasileira de Letras à inteligência brasileira. A grande obra de Fernando Henrique Cardoso de sociólogo e cientista dá ainda mais corpo à Academia”, disse o imortal Marcos Villaça, ex-presidente da ABL, em comunicado oficial.

O convite para disputar a vaga partiu de dois imortais, a escritora Nélida Piñon e o senador José Sarney, logo depois de a Academia considerar a cadeira vaga. Logo a campanha por Fernando Henrique ganhou outras adesões como a de Villaça e de Celso Lafer, ex-ministro de Relações Exteriores do governo do ex-presidente e responsável por trazer a carta de candidatura.

O lançamento do nome de FHC foi um dos mais rápidos da história. Em almoço de conselheiros da Fundação Santillana, o ex-presidente estava com outros imortais no La Casserole, em São Paulo, no dia 22 de março, quando Nélida recebeu no celular a informação sobre a morte de Scantimburgo. Passou-a a Sarney, na cadeira ao lado - e este sugeriu que Fernando Henrique seria um bom nome para a vaga. FHC concordou e os autorizou a sair à caça dos votos.

anúncio de sua candidatura, porém, despertou adesões imediatas “Tão logo soube que ele se candidataria, eu lhe garanti meu voto”, confidenciou a escritora Lygia Fagundes Telles à reportagem.

Agora ele é o terceiro presidente da República a fazer parte da ABL - Getúlio Vargas foi o primeiro, eleito em 1941 para a cadeira 37, seguido de Sarney, escolhido pelos imortais em 1980 para ocupar a cadeira 38. Ele também terá como colegas dois membros de seu governo, como seu vice-presidente Marco Maciel, eleito em 2004, e Celso Lafer, membro da casa desde 2006.

Fernando Henrique derrotou outros dez candidatos à cadeira 36: J R. Guedes de Oliveira, Gildasio Santos Bezerra, Jeff Thomas, Carlos Magno de Melo, Eloi Angelo Ghio, Diego Mendes Souza, Felisbelo da Silva, Alvaro Corrêa de Oliveira, José William Vavruk e Arlindo Vicentine.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Diabetes atinge 28 mil só em Cuiabá e cresce a cada ano.




  
Da Redação
No Brasil, cerca de 5% da população tem diabetes, uma doença silenciosa que altera o funcionamento do pâncreas e também pode afetar os rins e até os olhos. Em Cuiabá, a estimativa é de que existam 28 mil portadores da doença e destes, aproximadamente 15 mil estão cadastrados junto à Prefeitura.
Hoje é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Diabetes, uma iniciativa do Ministério da Saúde para reduzir as estatísticas da doença que aumenta na população brasileira. Todos os anos, cerca de 240 mil pessoas morrem no Brasil por causa da diabetes ou de suas complicações.
Muita sede e alteração de peso brusca são os sintomas mais comuns. Em crianças é mais comum a perda rápida de peso, mas em adultos também pode acontecer uma maior retenção de líquidos, o que leva a pessoa a “inchar” e parecer ter engordado muito. Uma das formas de descobrir a doença é medir a glicemia, ou seja, o açúcar presente no sangue, de preferência durante a manhã.
Na maioria das vezes o diabetes não apresenta sintomas, porém, alguns sinais podem aparecer e devem ser acompanhados por um médico. Além da sede intensa, cansaço sem motivo, fraqueza, fome excessiva e infecções regulares podem ser manifestações da doença.
Apenas no projeto “Ser Solidário é Ser Chick”, da Droga Chick, já foram realizados mais de 60 mil testes em 4 anos, sem nenhum custo para o paciente. O coordenador desse projeto, Eudes Gomes Favalessa, explica que em menos de um minuto é possível retirar uma gota de sangue para o exame rápido. “O normal é que a glicemia esteja entre 70 e 99. Também é importante realizar o teste no período matutino, quando o corpo sofre menos com a ação dos hormônios, e o risco de uma alteração no resultado é menor”.
Entre os fatores de risco para adquirir a doença estão pressão alta, sobrepeso, sedentarismo, antecedentes familiares e doenças cardiovasculares. Mas as chances de ter diabetes podem ser reduzidas com um estilo saudável de vida, o que inclui alimentação balanceada, atividade física regular, pouca ingestão de gorduras e manutenção do peso.
Favalessa informa que existem 2 tipos de diabetes, no tipo 1, que ocorre até os 17 anos de idade, e o tipo 2, que é adquirida ao longo da vida por problemas como sedentarismo e estresse. Na maioria dos casos, as complicações da doença, como cegueira e amputações, ocorrem pela descoberta tardia do problema. “A diabetes é silenciosa, as pessoas vão negligenciando a saúde e até ignoram os primeiros sintomas por anos, até que já seja tarde”.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Brasil vence o Uruguai por 2 a 1 no Mineirão.

Parecia que o Mineirão era o Maracanã. O ano, 1950. Assim como naquela catastrófica decisão de Copa do Mundo, a Seleção Brasileira esbanjou nervosismo diante do Uruguai nesta quarta-feira. Mas o final foi diferente. Com direito a um pênalti defendido pelo goleiro Júlio César, que vingou o crucificado Barbosa, o Brasil de Luiz Felipe Scolari venceu o Uruguai por 2 a 1 e avançou para a final da Copa das Confederações.


Graças aos gols do mineiro Fred e do volante Paulinho, o último deles aos 40 minutos do segundo tempo, a Seleção Brasileira enfrentará o time vencedor do confronto entre Espanha e Itália no domingo, no Maracanã – a outra semifinal será disputada na quinta-feira. O Uruguai, que descontou através do centroavante Edinson Cavani nesta tarde, decidirá o terceiro colocado da Copa das Confederações no mesmo dia, mas na Arena Fonte Nova.
Rafael Ribeiro / CBFNeymar em disputa de bola com Arévalo Días do UruguaiNeymar em disputa de bola com Arévalo Días do Uruguai

O jogo 

Já não era mais novidade a torcida brasileira continuar a cantar o Hino Nacional, à capela, mesmo após a música dos alto-falantes ser precipitadamente interrompida. Ainda assim, havia quem se emocionasse bastante. Os jogadores do Brasil saltaram, bateram em seus peitos e gritaram após a execução, enquanto alguns torcedores estenderam os braços para mostrar que estavam arrepiados.

Tamanha comoção, desta vez, deixou a Seleção Brasileira nervosa no gramado. O Uruguai usou a traquejo de jogar junto desde a Copa do Mundo de 2010 para tirar proveito da situação. O goleiro Muslera foi o primeiro a demorar a repor a bola em jogo, logo seguido por seus companheiros. A atitude despertava irritação no público, até então mais preocupado em ofender somente um famoso locutor de televisão.

Não foi apenas a torcida que saiu do sério. Os comandados de Felipão se sentiram ainda mais pressionados em incomodar rapidamente a defesa do Uruguai, como haviam feito contra a Itália. O excesso de ímpeto fez com que o volante Paulinho não se encontrasse no meio-campo, o lateral esquerdo Marcelo tropeçasse na bola e até o atacante Neymar, novamente aplaudido, fizesse passes sem direção.

Ninguém pecou mais do que David Luiz naquele momento de instabilidade. Aos 12 minutos, o zagueiro do Chelsea agarrou de forma desnecessária seu colega Diego Lugano dentro da área, em uma cobrança de escanteio. O árbitro chileno Enrique Osses (o mesmo que despertava suspeitas no próprio defensor uruguaio, com passagem pelo São Paulo) não hesitou em apontar para a marca da cal e assinalar o pênalti.

Foi então que a Seleção enfim reagiu. O goleiro Júlio César fixou os olhos em Diego Forlán, o uruguaio encarregado de cobrar a penalidade, e saltou no canto certo para vingar o falecido Barbosa (eleito o vilão da derrota no Maracanã em 1950) com uma bela defesa. Curiosamente, o veterano havia se lamentado porque não teve a chance de se consagrar diante da Itália, quando não houve pênalti contra o Brasil.

O feito de um ovacionado Júlio César era o que faltava para a Seleção começar a se ajustar. A torcida já comemorava até um chute forte de Oscar para afastar a bola do campo de defesa. Pouco depois, aos 16, o meio-campista deu um motivo melhor para vibração ao protagonizar um bom lance ofensivo, com uma arrancada e uma finalização firme, por cima da meta defendida por Muslera.

Neymar também estava disposto a aparecer mais. O astro do Barcelona decidiu provocar os uruguaios com gingas com o pé sobre a bola e ao cair em qualquer dividida. O centroavante Cavani não gostou da postura (de que Lugano já havia reclamado de véspera) e, depois de cometer uma falta, desferiu uma ofensa que qualquer leigo em leitura labial poderia identificar.

Se o clássico sul-americano era brigado, Hulk estava à disposição para ajudar com a sua força física. O atacante conseguia transpor a marcação celeste com a cabeça baixa, o peito estufado e os braços abertos. Bastava uma conclusão dele para fora ou um passe errado, contudo, para parte da torcida voltar a se impacientar. Os torcedores do Atlético-MG no Mineirão pediram a entrada do mineiro Bernard, enquanto os demais fizeram coro por Lucas.

Àquela altura, porém, a Seleção já parecia pronta para acabar com a impaciência do público. Fred quase abriu o placar depois de um cruzamento rasteiro de Marcelo. Aos 40 minutos, ele não perdoou. Paulinho finalmente apareceu com um bom cruzamento para Neymar, que correu pela esquerda e tentou encobrir Muslera. O centroavante do Fluminense, mineiro de Teófilo Otoni, ficou com o rebote da defesa parcial do goleiro uruguaio e arrematou para abrir o placar em sua “casa”, como definiu. “Uh, terror! O Fred é matador!”, retribuiu a torcida.

Mais calma no princípio do segundo tempo, a Seleção já se permitia até tentar tirar vantagem da ira dos uruguaios, ainda incomodados com as quedas de Neymar. A alegria durou pouco. Aos dois minutos, a defesa brasileira cometeu um vacilo generalizado. O último a falhar foi Thiago Silva, que jogou a bola nos pés de Cavani. O centroavante justificou o temor de Felipão com o seu oportunismo e bateu cruzado para mandar a bola no canto e empatar o jogo.

Toda a confiança que o Brasil havia adquirido no final do primeiro tempo pareceu ter ido embora com o gol de Cavani. Nos 15 minutos seguintes, o Uruguai aumentou o seu volume de jogo, a ponto de passar a atuar a maior parte do tempo na intermediária ofensiva, e provocou novos erros brasileiros. O panorama do jogo era preocupante. Até a torcida que havia se arrepiado com o Hino Nacional já estava silenciosa nas arquibancadas do Mineirão.

Felipão tomou uma atitude para trazer a torcida novamente para dentro de campo. Colocou o xodó atleticano Bernard no lugar de Hulk e levantou até os cruzeirenses com o garoto com “alegria nas pernas”, como gosta de definir o comandante. A aposta foi acertada. Causando euforia coletiva sempre que encostava na bola, o meia-atacante contagiou os seus companheiros de time com dribles e assistências. O Brasil voltava a levar perigo ao Uruguai.

Como a melhora da Seleção não se traduziu em gol, Felipão mexeu na equipe outra vez. Trocou Oscar por Hulk, prejudicando a sua armação, e desagradou àqueles que consideraram a alteração defensiva. O ambiente no Mineirão já era de tanta tensão que os desentendimentos nas arquibancadas não ocorriam só por discordância das escolhas do treinador. Um cruzeirense brigou com um atleticano, e a violência só foi contida por gritos de “vão embora” dos demais e pela ação dos orientadores do estádio.

O nervosismo chegou ao fim aos 40 minutos. Neymar, que já até mandava beijinhos para rebater provocações de seus rivais, cobrou escanteio com categoria e encontrou a cabeça de Paulinho dentro da área. O volante redimiu a sua atuação apagada ao colocar a bola na rede e o Brasil na grade decisão da Copa das Confederações.

Corrupção passa a ser crime hediondo no Brasil.



Em resposta às manifestações que se espalham pelo país, o Senado aprovou hoje projeto que transforma a corrupção em crime hediondo.
Com a mudança, os condenados por corrupção perdem direito a anistia, indulto e pagamento de fiança para deixarem a prisão e também terão mais dificuldades para conquistarem liberdade condicional e progressão da pena.
O projeto tramita no Senado desde 2011, mas entrou na pauta do Senado depois dos protestos que mobilizam milhares de pessoas em diversas cidades. A proposta segue para análise da Câmara.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), admitiu que sua votação ocorreu como "consequência" das "vozes das ruas".
"Temos que aproveitar esse momento para andar com algumas matérias que não tivemos condições de andar em circunstâncias normais", disse.
O projeto torna hediondos os crimes de corrupção ativa, passiva, concussão (extorsão praticada por servidor público mesmo que fora de sua função), peculato (corrupção cometida por servidores públicos) e excesso de exação (cobrança de tributos indevidamente para fins de corrupção).
Os homicídios comuns também passam a ser crimes hediondos, segundo o projeto. Os qualificados já são enquadrados pela legislação em vigor como hediondos. A inclusão do crime ocorreu a pedido do senador José Sarney (PMDB-AP), que apresentou emenda ao texto original.
Parte dos senadores foi contra a emenda porque ela não tem relação com a corrupção, mas Sarney pressionou os colegas e viabilizou sua aprovação.
O projeto também amplia as penas previstas no Código Penal para os cinco crimes de corrupção fixados no projeto. Quem for condenado por corrupção ativa, passiva e peculato terá que cumprir pena de 4 a 12 anos de reclusão, além de pagamento de multa. Para os crimes de concussão e excesso de exação, a pena fixada é de 4 a 8 anos de reclusão e multa.
O Código Penal em vigor estabelece pena de 2 a 12 anos para crimes de corrupção, que podem ser ampliadas nos casos de crimes qualificados. Também determina que os réus têm que cumprir pelo menos dois quintos da pena em reclusão, enquanto o tempo fixado para os demais crimes é de um sexto.
Além de perder benefícios como o direito a pagamento de fiança para deixar a prisão, os crimes hediondos são considerados gravíssimos pela legislação penal --que classifica os seus agentes como insensíveis ao sofrimento físico ou moral da vítima.
Autor do projeto, o senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que a proposta por si só não é suficiente para reduzir a corrupção, especialmente na administração pública, porque o Judiciário precisa dar agilidade nas condenações para crimes de corrupção.
"No crime de corrupção, você não pode identificar quem são as vítimas. A ideia é protegê-las por meios jurídicos. Mas para isso precisamos que os processos caminhem mais rapidamente até para a absolvição de quem não tem nada a ver com isso", afirmou Taques.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que relatou o projeto, disse que o texto é uma resposta à principal reivindicação dos protestos no país. "Sem dúvida, a palavra corrupção tem sido a mais pronunciada nas ruas pelos jovens brasileiros, e o Senado Federal dá agora, neste momento, uma resposta, ainda insuficiente, mas um passo adiante, um avanço na direção das aspirações do povo brasileiro."
A votação do projeto durou mais de duas horas. No começo da sessão, o plenário do Senado estava cheio, com 66 senadores presentes. Depois do início do jogo do Brasil pela Copa das Confederações, cerca de 20 congressistas continuaram presentes --mas a maioria retornou após o fim da partida para aprovar o projeto de forma simbólica (sem o registro de votos no painel do Senado).

STF decreta prisão imediata de deputado condenado em 2010.


Jornal do BrasilLuiz Orlando Carneiro
Brasília - O plenário do Supremo Tribunal Federal determinou, nesta quarta-feira (26/6), a expedição de mandato de prisão contra o deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO), para o cumprimento da pena a que foi condenado pela Corte, em dezembro de 2010, de 13 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão, por crimes de formação de quadrilha (2 anos e 3 meses)  e peculato (11 anos, 1 mês e 10 dias). A decisão foi tomada por 8 votos a 1, vencido o ministro Marco Aurélio.
O deputado Donadon - no exercício de seu terceiro mandato – chegou a renunciar ao mandato às vésperas das eleições de 2010, mas concorreu ao pleito e foi reeleito. Ele era o principal réu da Ação Penal 396, e foi o segundo parlamentar julgado e punido pelo STF com penas de reclusão.
Na sessão desta quarta-feira, a ministra-relatora Cármen Lúcia levou a julgamento os embargos declaratórios que ainda impediam a decretação da prisão imediata do parlamentar. Ela demonstrou que não havia nos recursos (inclusive embargos de declaração nos embargos de declaração) pontos omissos, obscuros ou contraditórios no acórdão do julgamento, que foi publicado em março último. E que os recursos tinham caráter meramente protelatório. Todos os demais ministros presentes à sessão acompanharam a relatora, com exceção de Marco Aurélio, que já defendia a tese de que a ação penal deveria ter sido enviada para a Justiça comum, em 2010, quando da renúncia do parlamentar.
Trânsito em julgado
No dia seguinte à publicação do acórdão do julgamento da AP 396, em 19 de março último, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, insistiu na imediata prisão do deputado Natan Donadon, já que o acórdão do julgamento fora publicado no Diário de Justiça da véspera.
O chefe do Ministério Público afirmara então: “A prisão já está pedida. Eu a requeri em dezembro, entendendo que - independentemente da publicação até do acórdão - que haveria condições de dar execução imediata à decisão do Supremo. Acho até que não é necessário novo pedido. O pedido já foi formulado, o acórdão já foi publicado, e esse acórdão já é nos embargos de declaração. Não me parece que é necessário aguardar mais nada”.
 total das penas mantidas pelo STF para os crimes cometidos pelo deputado federal de Rondônia foi, também, superior ao total cominado até ao réu que recebeu as penas mais elevadas no processo do mensalão (Ação Penal 470). Marcos Valério foi condenado a 2 anos e 11 meses por quadrilha, e a 10 anos, 1 mês e 10 dias por peculato. Ou seja, o total das penas por estes crimes do principal operador do esquema do mensalão foi de 13 anos e 10 dias – quatro meses a menos do que o total da punição de Natan Donadon.
O caso
Em junho de 1999, o procurador-geral de Justiça de Rondônia ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça estadual contra Natan Donadon, então diretor financeiro da Assembléia Legislativa de Rondônia, e outras seis pessoas, entre as quais o presidente da Assembléia, Marcos Antonio Donadon, irmão de Natan. A denúncia foi acolhida pelo TJRO em novembro de 2002. Os réus foram acusados de desvios praticados, “reiteradamente, ao longo de dois anos e meio, no período de 31 de julho de 1995 a 19 de janeiro de 1998, por meio de contrato entre a empresa MPJ e a Assembleia."  Em decorrência  desse contrato fraudado, a assembleia emitiu em favor da MPJ 140 cheques com o pretexto de pagar por serviços publicitários  Os cheques totalizaram R$ 8,4 milhões, em valores daquele período.
Apesar de devidamente citado, Natan Donadon não compareceu ao seu interrogatório, motivo pelo qual foi decretada sua prisão preventiva e, posteriormente revogada, tendo em vista sua posse como deputado federal. A primeira instância - 3ª Vara Criminal de Porto Velho (RO) -determinou o desmembramento dos autos com a remessa do processo, somente em relação a Donadon, ao Supremo – tribunal competente para processar e julgar o parlamentar federal.

Antônia Fontenelle mostra os seios em prévia de ensaio.


Atriz posou nua para a revista 'Playboy', que será lançada em julhoMais uma vez a atriz Antônia Fontenelle decidiu atiçar seus seguidores no Instagram. Enquanto seu ensaio na revista masculina 'Playboy' não sai, a viúva de Marcos Paulo faz questão de mostrar algumas imagens como prévia. Assim aconteceu na terça-feira (25), quando ela publicou uma foto na rede social, onde aparece exibindo os seios, cobertos apenas pelos cabelos.




Na imagem, Antônia faz uma pose sensual, usando um short jeans. "Minhas delícias, hoje vocês me fizeram perder a cabeça e resolvi  ceder aos apelos! Agora só comprando a revista. Espero que gostem, esta amostra é grátis", escreveu ela na legenda. O ensaio completo da atriz - tendo o tema cinema - estará nas bancas a partir de julho. Segundo o fotógrafo J.R. Duran, responsável pelas fotos da artista, ela chegou a dançar 'Quadradinho de Oito' nos bastidores da sessão de fotos